Vereador Tiago Vagas sofre outra derrota no TJ, que mantém condenação por xingar o ex-governador

A situação do vereador Tiago Vagas (PSD), de Campo Grande (MS), continua cada dia mais complicada na Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele sofreu outra derrota na 1ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que negou, por unanimidade, embargos de declaração criminal impetrados pelo parlamentar.

Segundo o site O Jacaré, a turma de desembargadores manteve a condenação do vereador a pena de um ano e três meses de detenção por difamação e calúnia contra o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em julho de 2021. A relatora, desembargadora Elizabete Anache, negou o pedido e foi acompanhada pelos desembargadores Paschoal Carmello Leandro e Jonas Hass Silva Júnior.

Eles foram responsáveis por ampliar a punição ao parlamentar, que tinha sido condenado apenas a quatro meses de prisão pela juíza Eucélia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal de Campo Grande. A desembargadora Elizabete Anache entendeu que o vereador cometeu o crime de difamação ao publicar o vídeo nas redes sociais.

“Reinaldo Azambuja, você não tem vergonha na cara, irmão. Você é um dos maiores corruptos do estado de Mato Grosso do Sul, você deveria estar preso, entendeu. Infelizmente, a blitz que prejudica nosso trabalhador, prejudica nosso trabalhador”, criticou Tiago Vargas por meio do vídeo.

Ele referia-se à denúncia por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro protocolada pela vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo. De acordo com a denúncia, Reinaldo Azambuja teria recebido R$ 67,7 milhões em propinas da JBS em troca de incentivos fiscais e causado prejuízo de R$ 207,7 milhões aos cofres estaduais entre 2015 e 2016. A

Para Elizabete Anache, a imunidade parlamentar não livra o vereador de ser condenado pelo crime. “Com efeito, a jurisprudência do STF, em obediência ao texto constitucional, fixou nítidos limites à imunidade parlamentar dos Vereadores, que não pode ser considerada absoluta, mormente para as manifestações feitas fora da Casa Legislativa”, pontuou a desembargadora.

O parlamentar ainda pode recorrer da decisão. A manutenção da sentença poderá complicar os planos de Tiago Vargas tentar a reeleição em 2024. Ele planeja trocar de partido, o PSD pelo PP. No entanto, vai precisar derrubar a inelegibilidade em decorrência da demissão do serviço público em julho de 2020. O advogado Ronei Barbosa, integrante da defesa de Tiago Vargas, anunciou que vai recorrer contra a decisão.

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