A luxuosa mansão do ex-chefe de segurança do Presídio Regional de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), passou, ontem (23), por uma minuciosa revista da Polícia Nacional do Paraguai sob a coordenação da Promotoria de Justiça do país vizinho.
O motivo da “visita” indesejada da Polícia é porque Arnaldo Matías Báez Torres, que já está preso, seria aliado da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital). A mansão está localizada no Bairro Defensores del Chaco, em Pedro Juan Caballero.
Os promotores de Justiça María Irene Álvarez e Fabiola Molas, que receberam o reforço dos colegas Omar Legal, Juan Olmedo e Federico Delfino, acompanharam a operação policial no imóvel. A representante oficial do Ministério Público na área é promotora de Justiça Reinalda Palacios, que, por coincidência, é esposa do comissário Juan José Ortiz, chefe da 3ª Delegacia de Polícia, cuja jurisdição é o Presídio Regional de Pedro Juan Caballero, de ondem fugiram 76 presos no dia 19 de janeiro.
Na casa de Arnaldo Matías Báez Torres, os policiais foram procurar por evidências que ligassem o oficial ao PCC, já que a Polícia sustenta que ele teria sido um dos principais protetores dos presos ligados à facção criminosa brasileira. Por exemplo, quando o último pente-fino foi realizado no presídio antes da fuga em massa, o então chefe de segurança não permitiu o acesso ao pavilhão do PCC, onde naquele momento o túnel já estava aparentemente sendo cavado e por onde os detentos mais tarde fugiriam.
O oficial é um dos 31 detidos no próprio local de trabalho, ou seja, no Presídio Regional de Pedro Juan Caballero. Entre eles, há também o ex-diretor da prisão, Christian González. Até agora.