A primeira audiência na 4ª Vara Cível de Dourados entre os envolvidos na disputa por um prêmio milionário da Mega-Sena terminou sem acordo. O objetivo era uma conciliação entre as partes pela distribuição de R$ 27,7 milhões sorteados pela loteria da Caixa Econômica Federal.
Segundo um dos autores da ação, os participantes de um “bolão” com mais de 12 pessoas sustentam que foram trapaceados na hora de receber o prêmio sorteado em julho do ano passado, pois, o responsável pelos bilhetes deveria distribuir os R$ 27,7 milhões em partes iguais.
Ao todo, das 12 pessoas, apenas quatro foram à Justiça por discordarem do valor que receberam pelo prêmio. Um comerciante disse que há anos um grupo de 12 pessoas jogava junto e o “bolão” não era igual aos vendidos em lotéricas.
Havia um organizador, que seria funcionário da Lotérica Zebrinha, situada no Shopping de Dourados. O comerciante queixou-se na denúncia que ficou sabendo que era um dos felizardos donos do prêmio por meio de notícias divulgadas nos sites da cidade.
O organizador não lhe avisou e também demorou a liberar o valor da bolada, reforçando as desconfianças. O denunciante disse ter recebido R$ 690 mil, mas ele garante que teria direito a R$ 2,3 milhões, já que o prêmio deveria ser dividido entre 12 e não entre 20 pessoas como teria alegado o responsável pelas apostas.
Ele disse ainda que procurou o organizador, que teria dito ao comerciante que o valor recebido se referia à metade uma cota do jogo. Outro questionamento do comerciante foi de que o organizador do jogo teria dito a ele que 20 pessoas participaram da aposta, não 12 habituais participantes.
Diante dos desentendimentos, o comerciante registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil uma semana depois de ganhar o prêmio. O caso virou processo em agosto do ano passado. O denunciante, por meio de seu advogado, tentou convencer a Justiça de que há irregularidade na partilha do dinheiro, mas a apelação foi negada.
Na audiência, havia a expectativa de as partes chegarem a um acordo, mas isso não aconteceu. O organizador não apareceu no fórum e foi representado pelo advogado. Há novas audiências agendadas, uma delas no Tribunal de Justiça, para maio.
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