A guerra travada entre o clã do traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que já está preso no Brasil, e a fação criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) pelo controle do tráfico de drogas e de armas na fronteira do Paraguai com o Brasil parece mesmo que não tem fim.
Nesta terça-feira (7), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), o ex-secretário de Pavão, Hugo Orlando Escobar Ayala, de 39 anos, mais conhecido como “Salame”, foi executado com mais de 20 tiros de pistola calibre 9 mm. O fato de Salame ser ex-secretário de Pavão faz com que a Polícia não descarte um acerto de contas do crime organizado.
Com essa morte, a onda de execuções na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul continua fora de controle e eleva para 46 o número de assassinatos somente neste ano. No período de 1º de janeiro até o dia 7 de maio foram 11 no primeiro mês deste ano, 9 em fevereiro, 15 em março, 8 em abril e 3 em maio.
A execução
Saleme seguia bordo de uma Toyota Hilux pela área central de Pedro Juan Caballero, quando foi abordado pelos pistoleiros que se aproximaram em uma Amarok. Ao todo, foram mais de 20 tiros e ele morreu no local, antes mesmo que pudesse ser socorrido.
Familiares estiveram no local e alegaram que ele vinha trabalhando como funcionário em uma universidade de Medicina no Paraguai. Em dezembro do ano passado, ele foi preso em uma operação da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad), em Yby Yau.
Além dele, também haviam sido presos os brasileiros Daniel Ferreira da Costa e Alexandre Carvalho, suspeitos de lavagem de dinheiro, associação criminosa e porte ilegal de armas. A ação também teve como alvo Jarvis Pavão e Carlos Antonio.