Um crime e muitas dúvida! Empregadas detidas e polícia “caça” bandidos que mataram pecuaristas

A Polícia está à procura dos dois assaltantes que mataram por asfixia a pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, no início da tarde de ontem (28) em sua própria casa, no Condomínio Parque Cachoeira, localizado no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande (MS). Ela era filha de Ocidio Pavão Flores, ex-diretor do Sindicato Rural de Ponta Porã.

Segundo testemunhas, uma funcionária da pecuarista teria sido sequestrada no Fort Atacadista, localizado na Rua Marquês de Lavradio, e forçada a levar os criminosos para a casa da vítima. A suspeita inicial é de que, em casa, Andreia Flores teria reagido ao assalto, sido agredida e asfixiada.

A Polícia ainda investiga a causa da morte, mas considera como asfixia, apesar do corpo da vítima apresentar muitos hematomas. Vizinhos foram instruídos a fechar suas casas, e receberam ordens de “ninguém entra e ninguém sai”, devido ao assassinato. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar com o Batalhão de Choque foram acionadas.

O Boletim de Ocorrência foi registrado na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), mas não possui informações sobre os fatos. Fontes da Polícia Civil ouvidas pelo Blog do Nélio disseram que ainda há muitas pontas soltas no caso, pois uma das empregadas domésticas que teria sido “obrigada” a levar os ladrões até a casa da vítima tem diversas passagens pela Polícia.

Devido a isso, Jessica Neves Antunes e a mãe dela, Lucimara Rosa Neves, estão presas para mais averiguações. Além disso, o corpo pode ter sido “lavado”, o que significa que sinais importantes da forma de homicídio, tentaram ser ocultados. Em razão disso, está sendo avaliada a hipótese de que Andreia Flores pode ter sido morta antes mesmo de seu carro sair rumo ao atacadista com as duas empregadas, pois a temperatura em que o corpo foi encontrado já estava bem frio.

Investigada por mandar matar o ex-marido

 Andreia Flores era investigada pela tentativa de homicídio contra o ex-marido, um empresário de Ponta Porã. Na casa, pessoas ligadas à família, conversaram com a equipe de reportagem do site Midiamax e relataram que a história estaria “mal contada”, ainda afirmando: “Tem uma pessoa poderosa que queria o mal dela”.

O site teve acesso a documentos relativos à investigação que tramita sobre Andreia Flores e ainda outros familiares. Em janeiro deste ano, o ex-marido foi vítima de atentado quando estava na clínica veterinária, de onde é proprietário em Ponta Porã. Os pistoleiros dispararam contra a vítima, que acabou ferida e socorrida. O homem resistiu aos ferimentos e o caso passou a ser investigado como tentativa de homicídio. Andreia Flores constava como suspeita do crime.

Além disso, em junho deste ano, ela e outros familiares foram ouvidos pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento no crime. A informação da investigação é de que o pistoleiro teria sido contratado para cometer a execução. Mesmo preso, ele ainda estaria tentando cumprir com o acordo feito. Ainda consta na investigação policial que o homem estaria sendo cobrado para cumprir o acordo ou então devolver o dinheiro pago pelo crime.

Na época da tentativa de homicídio do empresário, o caso passou a ser investigado como tentativa de receber seguro milionário que seria passado ao filho do casal, após a morte do pai. O então pistoleiro já era conhecido no meio policial, com várias passagens, e já estava preso, mas teria repassado o ‘serviço’ a outro pistoleiro.

Andreia Flores foi ouvida na delegacia em junho, mas não demonstrou ter qualquer ligação com o caso. Ela ainda negou envolvimento com a tentativa de execução do ex-marido e contou que estava em viagem quando soube do crime. Depois, chegou a ligar para o empresário para saber como ele estava. O caso ainda está em investigação e não há confirmação de autoria.

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