A senadora Soraya Thronicke, eleita pelo PSL de Mato Grosso do Sul, já conquistou um título nos cinco meses no cargo eletivo: “turista oficial”. A parlamentar já descobriu que viajar é bom e, com o dinheiro público, é ainda melhor.
Ela já viajou quase o mundo todo desde o início do mandato e, em menos de cinco meses, esteve em Pequim (China), Nova York (EUA), Tel Aviv (Israel) e, agora, em Berlim (Alemanha). Em todos esses países, a senadora foi representando o Brasil e, de quebra, Mato Grosso do Sul.
Caso a “nobre” parlamentar fosse pagar essas viagens com seu próprio dinheiro, desembolsaria pelo menos R$ 30 mil só com passagem aérea em todas elas. Fazendo um levantamento em site de compra de passagem, o valor do aéreo de Brasília (DF) até Pequim custa, em média, R$ 11.658,00, já até Nova York o valor é mais barato, R$ 4.409,00.
Para Tel Aviv, o valor fica em torno de R$ 7.736,00 e até Berlim, onde a senadora está até este sábado (8), custa R$ 6.623,00. Uma média de quilômetros rodados revela que ela poderia dar duas voltas no planeta Terra.
A revista IstoÉ fez um levantamento que apontou uma farra na liberação do passaporte diplomático e a senadora do Estado consta na lista, ao lado da filha Isabela Thronicke. Lembrando que isso não é ilegal, mas é imoral.
A emissão do passaporte custa R$ 257,25 e tem possibilidade de não ser aceito em determinados países, já com passaporte diplomático o cidadão pode entrar em qualquer país, sem visto, e ter regalias no embarque e desembarque.
A farra na gestão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, resultou na concessão de 986 passaportes nos quatro primeiros meses deste ano pelo Itamaraty. Média de quase 250 passaportes diplomáticos ao mês.
O número surpreende, pois, em 2018, foram concedidos 1,2 mil documentos especiais durante o ano inteiro. Ou seja, uma média mensal de 100 passaportes. Isso significa que a média mensal aumentou em 150% durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).