A crise finalmente está sendo sentida pela Prefeitura de Campo Grande depois que o prefeito Marquito Trad contratou centenas de comissionados e apadrinhados políticos e agora tem de pagar os salários desses novos servidores públicos municipais.
A saída encontrada pelo nobre alcaide foi transformar a Prefeitura Municipal em uma corretora de imóveis para aumentar a receita do município, colocando à venda pelo menos 12 áreas públicas. O valor total das áreas está avaliado em R$ 33.426.984,39 e trata-se de áreas em diferentes pontos de Campo Grande.
Segundo informações oficiais da Prefeitura, parte dessas áreas seria destinada à construção de corredores de passagem de pedestres, infraestrutura que caiu em desuso com o passar dos anos. Esses terrenos já foram desafetados e alguns encontram-se em bairros como Carandá Bosque e Jardim Autonomista.
A preferência para compra será de proprietários de terrenos do entorno e ainda não há planos de investimentos do montante oriundo dessas vendas. Ou seja, o prefeito Marquito Trad pode dispor do dinheiro como bem entender, dilapidando os recursos públicos para atender seus interesses.
Cadê o Ministério Público? Cadê as entidades de interesse do patrimônio do município? Cadê a Câmara de Vereadores? Ninguém sabe, ninguém viu.
Crise com a Igreja
O lado de corretor de imóveis do prefeito Marquito Trad só veio a público em meio a um processo de revisão de decretos relacionados a terrenos da Prefeitura de Campo Grande, entre eles o terreno de 14.727 m², no Bairro Chácara Cachoeira, que passaria por processo de permuta e de doação e está avaliado em mais de R$ 5 milhões.
Cerca de 5.000 m² seriam destinados à Arquidiocese de Campo Grande e 2.000 m² seriam doados para o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog). Conforme a Semadur, será feita a revogação do Decreto nº 5.608, de 17 de agosto de 2015, que destinava a área a estas instituições.
Ainda de acordo com documento, a área media 15.125 m², entretanto, nova medição apontou que, na verdade, o terreno tem 14.727 m². Além disso, no decreto não consta cláusula que determina a retomada da área pela Prefeitura, caso seja utilizada para fins diferentes dos determinados por lei, podendo, então, o local ser posteriormente vendido pelas entidades.