O arsenal apreendido no fim de semana em Ponta Porã (MS) pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteiras do Brasil) seria entregue aos “soldados” da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) que atuam no Paraguai para ser utilizado em uma série de assaltos a bancos na região de fronteira
As 16 armas longas, principalmente fuzis FAL, AK47, M4, além de centenas de projéteis de vários calibres, explosivos e outros equipamentos de ataque tático foram resgatadas por elementos do DOF no domingo (9) em uma fazenda na zona rural de Ponta Porã, a 27 quilômetros de Sanga Puitã (MS), que faz fronteira com Zanja Pytã (PY).
Foram presos os brasileiros Iván Vilhalba Vieira, 38 anos, Gabriel Matheus Vilhalva Vieira, 25 anos, e Alexandre Da Silva Corre, 28 anos, que também tinham uma SUV Toyota Fortuner blindada, com a placa DD-907, do Paraguai, registrada em nome de Iván Vilhalba Vieira, um dos três detidos e que também já tem carteira de identidade paraguaia autêntica.
Após o trabalho de inteligência, os agentes do DOF chegaram à fazenda e localizaram o arsenal enterrado em canos de PVC no quintal. Note-se que, há alguns dias, um suposto relatório policial circulou pelas redes sociais, indicando que membros do temido grupo criminoso PCC planejava uma ação em larga escala na área de Santa Rosa del Aguaray com o objetivo de realizar assaltos a várias entidades bancárias simultaneamente.
Com essa apreensão, a Polícia Brasileira deu um duro golpe no crime organizado que atua na fronteira, liderado exclusivamente pelos membros do PCC, que monopolizaram sistematicamente atividades criminosas em todas as fronteiras do país vizinho com o Brasil.
O arsenal teve que atravessar o território paraguaio escondido dentro da van para que os membros do PCC, alguns recentemente fugitivos do Presídio Regional de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), usassem as armas nos golpes planejados.