Por receio do PCC, Polícia do Paraguai quer destruir cocaína de Minotauro o mais rápido possível
O risco de uma possível tentativa de recuperação das 2,2 toneladas de cocaína apreendidas na quarta-feira (6) em Yb Yaú (PY) por parte de “soldados” da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) está fazendo com que as autoridades policiais do país vizinho destruam, ainda neste fim de semana, a droga, que pertenceria ao narcotraficante brasileiro Sergio de Arruda Quintiliano Netto, mais conhecido como “Minotauro”, preso há alguns dias em Balneário Camboriú (SC).
Segundo o ministro-chefe da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), Arnaldo Giuzzio, a intenção é destruir o quanto antes as 2,2 toneladas de cocaína no mais tardar até domingo (10). “É como estar sentado em um barril de pólvora”, disse, referindo-se a maior apreensão de cocaína do Paraguai e cujo valor das 2,2 toneladas de cocaína chegaria a US$ 15,4 milhões, sendo que sua cotação poderia ser triplicada se a droga chegasse ao lado brasileiro da fronteira.
O ministro da Senad acrescenta que pedirá que a análise química dos tijolos de cocaína seja acelerada a fim de destruí-los, mas, isso depende da intervenção do Ministério Público e do Poder Judiciário. “A destruição depende da ação do Ministério Público e do juiz responsável pelo caso. Nós queremos queimá-la no forno de Chaco’i. Estamos em posição de destruí-la imediatamente, de preferência neste fim de semana”, reforçou.
Sobre a droga, ele indicou que teria vários donos, mas que a maior parte seria de Sergio de Arruda Quintiliano Netto, o “Minotauro”. “Aparentemente, é de vários proprietários, de vários chefes, porém, um deles é o Minotauro, que seria o dono da maior parte. É por antecedentes (…) estamos fazendo presunções com base em indicações anteriores”, afirmou, completando que, com base no logotipo impresso nas embalagens da droga, tudo aponta para que o seu potencial proprietário seja Minotauro, que tem uma preferência pelo símbolo da Maçonaria.
O aparecimento do símbolo compasso e esquadra da Maçonaria nos tijolos de cocaína provocou revolta por parte da Grande Loja Maçônica do Paraguai. Edgar Sanchez, grão-mestre da Loja do Paraguai, emitiu um comunicado informando que Minotauro “não pertence e nunca pertenceu” à Maçonaria do país vizinho. “A unidade dos irmãos maçons está sempre do lado da Justiça e nunca do lado da injustiça”, disse a nota.