Dentro de dois dias, o narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão será extraditado do Paraguai para o Brasil para cumprir uma pena de mais de 17 anos por crimes relacionados ao tráfico de drogas. Nesta quarta-feira (27), ele conclui o cumprimento da sentença de 8 anos de prisão no país vizinho por crimes relacionados ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, associação criminosa e violação da lei de armas.
Assim que terminar sua sentença no Paraguai, ele será extraditado, no dia seguinte, ou seja, na quinta-feira (28), para o Brasil, justamente na data em que se comemora no país vizinho o “Dia dos Inocentes”, uma ironia tremenda para um dos maiores traficantes de drogas da região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
No dia 21 de dezembro, a juíza Lici Teresita Sánchez recebeu a comunicação da delegação que acompanhará o traficante de drogas para o Brasil para cumprir sentença de 17 anos e 8 meses, sendo que, por razões de segurança, o momento em que a extradição será feita não foi divulgado. A esse respeito, a advogada de Pavão, Laura Casuso, mencionou que a extradição já é inevitável, mas agora a defesa se concentra na principal preocupação do cliente, que é proteger os membros da sua família que vão permanecer no Paraguai.
“Queremos tentar, ou pelo menos não iniciar, o que também é falado de forma extraoficial de uma caça às bruxas com sua família”, disse Laura Casuso, confirmando que se mudará para o Brasil para continuar acompanhando o cliente. Ao confirmar que a extradição será efetivada, ela disse que, se tudo for ajustado de acordo com a lei, há muito a fazer para evitar o processo.
“Se algo acontecer com Jarvis, há apenas uma pessoa responsável e não será Carla Bacigalupo (ex-ministra da Justiça), mas sim o presidente Horacio Cartes Jara”, reiterou a advogada, sustentando que até agora ela não sabe o porquê de o seu cliente estar causando tanto aborrecimento para o presidente da República do Paraguai, já que ele diz que nem se conhecem.