Preso desde 27 de setembro de 2019 sob acusação de chefiar milícia armada em Campo Grande (MS), o empresário Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, sofreu um novo revés na Justiça de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o site O Jacaré, o desembargador Amaury da Silva Kuklinski, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, extinguiu a queixa-crime feita pelo réu contra sete promotores de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pelos crimes de calúnia, difamação e injúria.
Jamilzinho alegou que os promotores de Justiça acusaram ele e o pai dele, Jamil Name, que faleceu vítima de Covid-19 enquanto estava preso com o filho no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, de serem os mandantes das execuções do delegado Paulo Magalhães e de Andrey Galileu Cunha.
O desembargador acatou a tese do MPE (Ministério Público Estadual) de que o prazo para processar os promotores expirou em seis meses. “A pretensão do ofendido, consolidada no direito de acusar o agressor, sofre prazo decadencial de 6 meses”, destacou.
Com a decisão, o TJMS sepulta a ação penal e livra os promotores de Justiça Ana Lara Camargo de Castro, Gerson Eduardo de Araujo, Tiago Di Giulio Freire, Marcos Roberto Dietz, Antenor Ferreira de Rezende Neto, Grazia Strobel da Silva Gaifatto e Suzi D’ Ângelo.
A defesa de Jamilzinho alegou que ele não foi denunciado nem julgado como suposto mandante dos crimes apontados. Ele se insurgiu contra a declaração incluída em uma ação penal em março do ano passado.
Jamilzinho foi condenado em três ações da Operação Omertà e pode ir a júri popular pelas execuções do estudante de Direito, Matheus Coutinho Xavier, filho do ex-capitão PM Paulo Xavier, o “PX”, que seria o verdadeiro alvo dos pistoleiros, e do empresário Marcel Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”, que teria brigado com o autor dentro de uma boate na Capital.