O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou recurso impetrado pela defesa do ex-guarda municipal Marcelo Rios, que terá de enfrentar júri popular pela execução do empresário Marcel Costa Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”, a mando dos empresários Jamil Name, que morreu de Covid-19 no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, que continua preso na mesma penitenciária.
A defesa de Marcelo Rios, que era um dos homens de confiança da família Name e atuava como “gerente” do esquema criminoso, também pediu a anulação do processo por “cerceamento da defesa” com a alegação de que não obteve acesso às informações referentes à investigação. Os advogados ainda pediram anulação da sentença, mas todas as solicitações foram negadas pelo TJMS.
Diante da impossibilidade da retirada do Relatório Digital por então à época não estar disponível no cartório, o material foi disposto em um CD pelo cartório da 2ª Vara do Tribunal do Júri. No entanto, durante a conferência a mídia não abriu. Diante da situação imediatamente solicitaram o encaminhamento do relatório via pendrive. “Destaca-se que as partes tiveram acesso ao teor da acusação, documentos e provas contra si produzidas, não subsistindo a tese de cerceamento de defesa”, trouxe os autos e, portanto, a nulidade do caso foi negada.
Entenda o caso
Segundo investigação do MPE (Ministério Público Estadual), a execução do “Playboy da Mansão” mansão seria fruto de um desentendimento da vítima com Jamilzinho durante uma festa promovida pelo empresário da noite. Na suposta festa, Marcel Colombo bateu boca com Jamilzinho e acabou lhe dando um soco no rosto.
Após esse episódio, movido por vingança, Jamilzinho determinou a execução do “Playboy da Mansão”, cabendo ao ex-guarda municipal Marcelo Rios contratar o pistoleiro para executar o serviço. Além dele, também estão envolvidos no caso José Moreira Freires e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis.
O responsável pela execução de Marcelo Colombo foi o pistoleiro Juanil Miranda, que seguiu a vítima por meio de suas redes sociais e assim descobriu que ela estava em uma cachaçaria no centro de Campo Grande. Apesar de ser o pistoleiro da milícia, José Moreira Freires não teve parte nesta execução por estar fazendo uso de tornozeleira eletrônica.