O jornalista paraguaio Gilberto Ruiz Díaz, que é correspondente do Jornal ABC Color, do Paraguai, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), denunciou, ontem (19), ter sido vítima de intimidação por parte de desconhecidos. Ele relatou à Polícia que homens tiraram fotografias da sua residência em uma clara demonstram de que estavam de olho na sua rotina.
O incidente acontece há uma semana da execução do também jornalista brasileiro Léo Veras também em Pedro Juan Caballero. Gilberto Díaz relatou ao Ministério Público que no período da manhã de ontem sua esposa notou um homem desconhecido tirando fotos da residência deles. Ela saiu na rua para cobrar explicações, mas ele correu e entrou dentro de uma caminhonete de cor branca, sem placa, que estava estacionada a uma quadra do imóvel, com outro ocupante dentro.
Desde 1991 até este fevereiro de 2020, pelo menos 18 jornalistas foram assassinados no Paraguai. A primeira vítima foi Santiago Leguizamón, que foi morto a tiros no dia 26 de abril de 1991 e sua execução foi uma mensagem da máfia fronteiriça aos jornalistas que se atreviam a investigá-la. Na época, ele publicava matérias sobre o narcotráfico no Departamento de Amambay e até hoje os responsáveis nunca foram encontrados.