Após uma pequena trégua, pistoleiros voltam a matar na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. A 1ª vítima do mês de setembro foi Elio Amarilla Leiva, 32 anos, que foi executado na tarde de ontem (9), em Capitán Bado, cidade paraguaia que faz fronteira com Coronel Sapucaia (MS).
Com essa morte, o número de execuções na região chega a 123 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 21 em março, 8 em abril, 18 em maio, 16 em junho, 16 em julho, 19 em agosto e 1 em setembro.
Com antecedentes por homicídio, Elio Amarilla foi morto com vários tiros de fuzil no meio da rua, em Karapa’i, povoado localizado a 60 quilômetros de Capitán Bado. Depois da execução, os pistoleiros abandonaram, em chamas, o veículo usado no crime, uma caminhonete Nissan Frontier.
Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, Elio Amarilla tinha trabalhado para ex-suplente de deputado paraguaio Carlos Rubén Sánchez Garcete, o “Chicharõ”, executado com pelo menos 400 tiros no dia 7 de agosto deste ano, em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã (MS).
Pelo menos quatro pistoleiros com armas longas dispararam na direção de Elio Amarilla, que teve o rosto desfigurado pelos tiros. Minutos depois, a caminhonete foi encontrada em chamas na Rodovia Juana María de Lara (ruta PY-11).
O homem estava na frente da casa de um amigo quando foi morto. Os policiais paraguaios acreditam que os pistoleiros fugiram de lancha, já que a caminhonete foi incendiada a poucos metros do córrego Avara Vevé. A Polícia Nacional faz buscas na região, mas ainda não conseguiu pista dos criminosos.