Com 900 famílias sem-terra acampadas em nove regiões rurais de Mato Grosso do Sul, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) anunciou que esse número vai dobrar nos próximos meses e alcançar 1,8 mil famílias sem-terra. A informação foi dada por um dos coordenadores do movimento Ronildo Lopes de Lima, avisando que várias famílias em situação de pobreza estão procurando o MST.
Em reportagem publicada pelo jornal Correio do Estado, ele informou que deve montar acampamentos em pelo menos dos municípios do Estado. O integrante do MST cita o município de Caarapó, onde o movimento deseja para montar um mega-acampamento, conforme áudios compartilhados em um aplicativo de mensagens.
Conforme apurado pelo jornal, um grupo teria sido criado no aplicativo, para que os interessados pudessem trocar informações. Em um dos áudios obtidos pela reportagem, o administrador afirma que criou o grupo para que a invasão fosse organizada. “Pessoal, esse grupo foi criado para que nós possamos nos organizar para criar um assentamento rural em Caarapó, com objetivo de acomodar pessoas que tem interesse só em ter um pedacinho de terra para plantar e ter o sustento da sua casa”, afirmou.
O plano deixou fazendeiros da região em alerta e a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) monitora a questão, que já foi motivo de conflitos no passado. Conforme o coordenador, o MST tem acampamentos em Itaquiraí, Japorã, Nova Andradina, Sidrolândia, Dois Irmãos do Buriti e Dourados. O plano que está em articulação por parte dos integrantes do movimento é para que sejam instalados mais dois acampamentos, sendo um em Caarapó e outro em Nova Alvorada do Sul.