A temporada de chuvas fortes em Campo Grande terminou em março deste ano e já vai recomeçar agora em outubro e o prefeito Marquito Trad, como já era esperado, não cumpriu a promessa de tampar todos os buracos das ruas da cidade. E, para agravar ainda mais a situação, o “competente” prefeito já mandou avisar que o contrato emergencial entre a Prefeitura e as sete empresas de tapa-buracos se encerra no próximo dia 27 de setembro e não pode ser prorrogado.
Além disso, a licitação está em andamento, mas a primeira fase ocorre somente no dia 18 de setembro e não há tempo hábil para que novas empreiteiras sejam contratadas até lá. Portanto, as ruas dos bairros de Campo Grande que nem mesmo receberam a primeira parte da recuperação viária realizada no início deste ano já podem tirar o cavalo da chuva, pois também não terá a segunda etapa da operação tapa-buracos.
Resumo da ópera: os motoristas de Campo Grande terão pela frente mais uma longa temporada de buracos e visitas constantes às oficinas mecânicas e borracharias, pois, com apenas três equipes atuando em toda a cidade fica impossível fazer a manutenção. Elas são as únicas do quadro próprio da Prefeitura que são destinadas a realizar esse serviço e devem ficar responsáveis pelo tapa-buraco até que a licitação seja finalizada.
Para quem não sabe, os contratos de emergência têm prazo legal a ser respeitado e podem viger por apenas 180 dias, sem prorrogação. O início da vigência foi em 27 de março, dois meses depois que parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado foi firmada para liberação de R$ 20 milhões para o serviço, sendo R$ 10 milhões da gestão municipal e o restante do Estado. Tais contratos, de março para cá, foram reajustados em R$ 4,8 milhões, saindo de R$ 19,5 milhões para R$ 24,3 milhões.
Apesar disso, de lá para cá, os buracos não sumiram, principalmente nos bairros Santo Antônio e Jardim Imá, por exemplo, localizados na região urbana do Imbirussu, que ainda têm muitas ruas esburacadas, como a Ministro Azevedo e as vias Leônidas de Matos e Cruzeiro do Sul, e ainda o cruzamento da Teresina com a Guanabara, que são linhas de ônibus.