O site de notícias TopMídiaNews publicou nesta quinta-feira (20) uma denúncia, revelando que o chefe de gabinete do deputado estadual Capitão Contar, candidato a governador pelo PRTB, Rogers Valério, é acusado de falsificar um termo de confissão de dívida contra o ex-sócio Daniel Gomes do Nascimento.
Conforme o processo, Rogers Valério e Daniel Gomes criaram e administravam juntos a empresa Insólito. Por meio desta empresa, iriam operar uma outra, a Ricon Produtos em Geral Ltda., que seria a controladora do restaurante Grand Cru, em área nobre de Campo Grande.
Daniel Gomes e Rogers Valério administravam juntos as empresas, com divisão clara de tarefas entre os dois. Apesar de atribuições diferentes, ambos tinham acesso a todas as movimentações financeiras dos estabelecimentos, como créditos, despesas, vendas e compras.
Na Justiça, Daniel Gomes foi acusado de calote, falta de transparência e má-gestão dos empreendimentos. O chefe de gabinete de Contar cita que o empresário comprou R$ 500 mil em garrafas de vinhos. No entanto, Daniel Gomes inseriu no processo, e-mails e outros registros que mostram que os pedidos foram feitos pelo próprio chefe de gabinete. O processo tramita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul com número 0821383-27.2019.8.12.0001.
Ainda no processo, Daniel Gomes lamenta que assinou um documento – de forma apressada e fora de seu estado normal de discernimento – crendo que seria uma simples transferência de estoque das empresas. No entanto, depois, percebeu que o termo em questão era uma confissão de dívida, que teria sido usada por Rogers Valério, diz ele, justamente para cobrir rombo de compras grandiosas, como os R$ 500 mil em vinhos.
”Com efeito, [Daniel] jamais deteve interesse em promover a transferência de sua parte da empresa Insólito, sendo levado a erro quando da assinatura do termo de confissão de dívida, em momento de lastra debilidade psicológica, o que deu ensejo ao ajuizamento de ação anulatória especificada”, diz trecho do processo.
Daniel Gomes, segue o texto do processo, que também era sommelier da casa, foi expulso do controle da Grand Cru. Ele relembra que chegou a ir até o restaurante prestar contas de suas ações na empresa, mas foi expulso em uma ocasião e em outra encontrou as portas fechadas.
O trabalho de Rogers Valério já foi alvo de questionamentos, inclusive por parte do MPE (Ministério Público Estadual). Como servidor comissionado, não poderia ter participação em empresas e teria de se dedicar exclusivamente ao trabalho na Assembleia Legislativa. À época dos fatos, a defesa do chefe de gabinete alegou que, quando ele entrou para o cargo público, já não geria mais nenhuma empresa.
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