Dados mais recentes da Serasa revelam que o endividamento em Mato Grosso do Sul atingiu o nível mais alto da série histórica e já compromete mais da metade da população adulta. O Estado soma 1.210.326 moradores com o nome negativado, o equivalente a 56,1% da população, que acumulam R$ 8,76 bilhões em dívidas.
As dívidas com bancos e cartões de crédito são as principais responsáveis pela inadimplência, concentrando 29,6% do total. Em seguida vêm as financeiras (18,3%), o varejo (10,9%) e as contas básicas de serviços como energia e telefonia (12,8%). Somente em Campo Grande o número de inadimplentes chega a 471.252, com R$ 3,93 milhões em débitos – média de R$ 8.352,45 por pessoa.
Os dados mostram que a inadimplência em Mato Grosso do Sul é estrutural e crescente, mesmo com o avanço de modalidades de crédito mais acessíveis, como o consignado CLT e o saque-aniversário do FGTS, que têm funcionado como alívio imediato, mas ampliado o risco de endividamento permanente.
Conforme já publicado pelo Correio do Estado, as dívidas com bancos “sujam” o nome de quase 500 mil sul-mato-grossenses, número que vem crescendo mesmo com o aumento de linhas de crédito e renegociação. Até agosto deste ano, o Estado registrou 80,4 mil novos nomes incluídos em cadastros de inadimplência, o equivalente a 468 negativados por dia.
“São oito meses consecutivos de alta, desde a última queda registrada em dezembro de 2024”, afirma Patrícia Camillo, gerente da Serasa. “Para todas as idades, regularizar as contas é o primeiro passo para sair do vermelho e retomar o controle da vida financeira”.
O aumento do crédito consignado para trabalhadores do setor privado, que permite o desconto direto em folha, também é reflexo dessa pressão sobre o orçamento.
oram firmados 242.516 contratos no Crédito do Trabalhador, por 129.079 pessoas, com prestação média de R$ 255,00 e valor médio de empréstimo de R$ 5.732,26, apontam dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em todo o País, o número de contratos chegou a 10,7 milhões, beneficiando 6,4 milhões de empregados, com valor médio de R$ 6,4 mil por contrato e R$ 10,5 mil por trabalhador. Com infos do Correio do Estado
