A situação do transporte coletivo urbano em Campo Grande se tornou crítica, especialmente após a greve que paralisou os ônibus a partir do dia 14 de dezembro. Na audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região em 16 de dezembro, os motoristas, que compareceram em massa, não conseguiram chegar a um acordo, resultando na determinação judicial de que 70% da frota retornasse ao funcionamento em horários de pico.Durante a audiência, o desembargador César Palumbo Fernandes salientou que é inaceitável a greve de 100% dos serviços essenciais, e estabeleceu novas diretrizes para os serviços de transporte.
Contudo, a reação dos motoristas foi de insatisfação, levando à decisão de manter a greve, conforme declarado por Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande.A questão financeira do Consórcio Guaicurus é central para a crise. O consórcio confirmou o recebimento de recursos da prefeitura, mas destacou que estava com dificuldades financeiras, incluindo a incapacidade de pagar salários devido a outras pendências financeiras.
O presidente do Consórcio, Temis de Oliveira, mencionou que há um total de R$ 1,3 milhão em dívidas com os trabalhadores e expressou a necessidade de conversas com a prefeitura para resolver esses problemas financeiros.
A procuradora-geral do Município, Cecília Saad, reiterou que os repasses foram feitos, mas a discrepância entre as alegações do consórcio e da prefeitura sugere complicações financeiras e administrativas que afetam diretamente os trabalhadores e a população que depende do transporte coletivo.A situação, com os motoristas decidindo manter a greve, coloca um grande fardo sobre a comunidade, que já sofreu com a falta de transporte público nos últimos dias. A pressão para resolver essas questões financeiras e garantir que os serviços de transporte voltem ao normal permanece alta.

