Os buracos voltaram. Ou melhor. Eles nunca foram embora ou alguém duvida disso?
Pois é.
O caos administrativo dos dois últimos ex-prefeitos de Campo Grande, Alcides Bernal e Gilmar Olarte, não foram suficientes para que os eleitores da Capital votassem em um candidato com perfil “experiente” e, mais uma vez, a população cometeu o mesmo erro de confiar em aventureiros, como ocorreu em 2016, quando a “renovação política” foi o carro-chefe da campanha, elegendo Marquito Trad.
Os dez primeiros meses de administração confirmam o que todos já sabiam, ou seja, Marquito Trad não tem condições de governar Campo Grande. Basta verificar o cenário de terra arrasada que se encontram a área de saúde pública, educação e infraestrutura. Os buracos nas ruas são o principal resultado dessa falta de cacoete para administrar uma cidade do tamanho da Capital.
Os avisos foram dados, tanto pela mídia, quanto pela própria população, mas o prefeito Marquito Trad fez ouvidos “moucos” e agora o problema está aí para quem quiser viver. Estamos falando das ruas cheias de buracos em Campo Grande em razão da chegada do período chuvoso e do fato de a Prefeitura não dar acelerar a licitação para contratar serviços de tapa-buraco.
Enquanto o processo caminha a passos de tartaruga, apenas três equipes atuam na manutenção das vias, as crateras voltam a tomar conta de ruas e avenidas. A situação se agrava mais em razão das chuvas neste período do ano, que impedem os reparos e causam novos estragos ao asfalto.
Há sete meses o processo de licitação está indo lentamente para a contratação dos serviços, orçados em R$ 43.826.435,98. O processo foi aberto em abril, terminou suspenso em maio e foi retomado em julho deste ano. Após adendos à concorrência pública, as propostas foram entregues somente em setembro.
A licitação ficou travada após uma das empreiteiras desqualificadas, a Avance Construtora, interpor recurso questionando a aprovação dos documentos de Usimix Ltda., Engepar Engenharia e Participações Ltda. e CGR Engenharia Eireli, no início do mês. Porém, o pedido foi indeferido.
Hoje, restam três equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) na manutenção de ruas das sete regiões urbanas da Capital. Os trabalhos de tapa-buraco se tornaram mais difíceis e ineficazes com a volta do período de chuvas, fato comprovado pela situação das vias.
Questionado sobre a proliferação dos buracos nas ruas e avenidas de Campo Grande, o prefeito disse que “a solução é recapear”. “Tem dinheiro para recapear? Não tem. A licitação é para tapar os buracos”, continuou.
Se o nobre prefeito não consegue resolver os problemas dos buracos da cidade vai conseguir resolver os graves problemas da saúde e da educação, por exemplo?
Claro que não, e você eleitor, vai sofrer até quando?
É, esse é o modelo de gestão do prefeito. Salve-se quem puder.