Em bairro de ricos prefeitura age rápido, mas estragos na cidade vão demorar para o conserto

Para a surpresa de moradores de vários bairros da Capital, a ligeireza da prefeitura em consertar os estragados feito pelas chuvas que caíram ontem (12) em Campo Grande na Chácara dos Poderes é motivo de estranheza.

Local que é um condomínio de chácara onde residem pessoas com alto poder aquisitivo, sofre com as crateras abertas em suas ruas, já recebeu na manhã desta segunda-feira (13) máquinas para amenizar os estragos, e o problema pode ser mais um na extensa lista que está sem solução na periferia sob o comando de Adriane Lopes (Patriota).

Moradores reclamam que a situação é um problema antigo na região, sendo que a única ação vista pela prefeita no local são as faixas de interdição da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e da Defesa Civil Municipal, mas que não são respeitadas.

Agentes no local informaram que a própria população ignora e até retira as sinalizações de interdição, fazendo com que a equipe tenha que se deslocar ao mesmo local diversas vezes.

Entre os estragos, além das crateras e da lama, houve também uma queda de cabo de energia. Um dos moradores da região, que preferiu não se identificar, expressou que os estragos eram “tragédia anunciada”.

“Engenheiros agrônomos que moram na região já tinham alertado para isso e nada foi feito”, expressou.  Lilian Rosa Fonseca é proprietária de uma chácara no local e se queixou do acesso precário, que só piora quando chove.

“Aquela parte por onde a gente vem pela curva, a entrada, toda vez que chove vira um lamaçal. E aí eles vêm com uma patrola, vêm com um caminhão, jogam terra, fazem barro e quando chove desmorona tudo de novo. Dizem que as águas vêm ali do Noroeste e vai assolando aqui pra baixo. E toda vez é isso”, reclamou.

A Chácara dos Poderes não é o único local com estragos que não têm uma resolução simples. Conforme a reportagem, nos últimos dias, na última quinta-feira, a cratera aberta na região do Lago do Amor aumentou após as fortes chuvas.

Antes, o desabamento era apenas na passarela de calçada, mas 64 dias após o primeiro estrago, agora o buraco já “engole” parte da ciclovia. Ainda no início do mês, uma das pontes da Avenida Fernando Corrêa da Costa, no Centro, ficou interditada por causa de uma cratera que se abriu por causa das chuvas.

Além disso, no Bairro Nova Lima, as chuvas expandiram buracos que tinham sido abertos para obras de pavimentação da Prefeitura. O major Pedro Centurião, da Defesa Civil, informou que a Secretaria Municipal De Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) já esteve no local para avaliar o que pode ser feito.

No entanto, devido a prefeitura da Capital não ter nenhum planejamento emergencial e de recuperação imediata dos estragos, fica uma situação mais difícil de levar o bem estar para a população. Vai vendo!