Policiais federais apreenderam, ontem (12), na rodovia BR-262, entre Campo Grande e Terenos, 250 frascos do medicamento “Immune Globulin”, de origem estrangeira sem qualquer registro de importação, e prenderam o homem que estava em posse do produto contrabandeado. Há duas semanas, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) já tinha feito uma grande apreensão do mesmo produto.
Conforme a PF, o foco da apreensão é para combater o comércio ilegal de medicamentos, “que representa um risco à saúde da população e pode levar a graves consequências”. A medicação é usada para tratar doenças raras como a púrpura trombocitopênica idiopática (que pode gerar hemorragias), síndrome de Kawasaki (inflamação nos vasos sanguíneos) e síndrome de Guillain-Barré (que ataca os nervos).
Em novembro do ano passado, a Operação Autoimune foi desencadeada para desmontar esquema clandestino de importação e comercialização de medicamentos falsificados e de origem estrangeira. Em 10 meses, o grupo movimentou cerca de R$ 4 milhões com comércio ilegal em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
De acordo com dados da Polícia Federal, as investigações começaram com a apreensão de várias caixas de medicamentos de origem argentina, contendo o princípio ativo “Neostigmina” (indicado em várias doenças que atingem os músculos), no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Na ocasião, a pessoa não apresentou documentação que comprovasse a entrada regular no Brasil.
Imunoglobulina
O medicamento é indicado para tratamentos de reposição de imunoglobulina em casos em que o paciente tem imunodeficiência primária. A venda pode ser feita apenas com a apresentação de prescrição médica.
As imunoglobulinas (anticorpos) são proteínas de importância vital que circulam no sangue e realizam uma grande variedade de tarefas. Eles influenciam significativamente o equilíbrio do nosso sistema imunológico. O tipo de anticorpo predominante no sangue humano é a imunoglobulina G (IgG).