O 3º sargento PM Fábio André Hoffmeister Ramires, do Batalhão do Choque da Polícia Militar, foi um dos presos preventivamente na “Operação Spotless”, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Apoio Especial na Repressão e Combate ao Crime Organizado), contra esquema de corrupção e fraudes na Prefeitura de Terenos.
Acostumado a ficar na linha de frente com suspeitos nas ruas e criminosos ligados a facções, ele também praticava crimes de colarinho branco, como corrupção ativa e fraudes.
Na operação, que apura pagamentos de propina, desvio de dinheiro público e uma série de fraudes em licitações, foram presos, além do policial de elite da Polícia Militar, o prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke (PSDB), e outras 14 pessoas, incluindo na lista donos de empresas ligadas ao esquema e servidores públicos.
O 3º sargento PM é sócio oculto da empreiteira Tercam Construções Ltda., empresa que está em nome da mulher dele, Jucélia Maria de Oliveira, mas ele era ativo nas negociações dentro do esquema de corrupção.
A Tercam teria participado de um esquema de conluio em licitações, sendo que a de maior valor é de R$ 1,2 milhão. O esquema resultava no pagamento de propina para o prefeito de Terenos, cidade distante 22 quilômetros do Centro de Campo Grande.
Na manhã de hoje, Fábio Ramires foi afastado do batalhão pela subcomandante-geral da PM, coronel PM Neidy Nunes Barbosa Centurião.
A subcomandante alegou “incoveniência” a permanência dele no Batalhão do Choque e o transferiu para o Comando Geral – Diretoria de Gestão do Presídio Militar Estadual.
Em nota, a PM confirmou que esteve presente no cumprimento do mandado de prisão e ainda afirmou que não compactua com condutas de seus integrantes que possam comprometer a imagem da instituição.
“O fato registrado configura uma ocorrência isolada, que não representa os valores e princípios da corporação e será rigorosamente apurado”, afirmou a PM.