O vereador Ademir Santana Delmondes, os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, e mais três pessoas foram denunciados pelo MPE (Ministério Público Estadual) por extorsão qualificada contra o empresário José Carlos Pereira, entre 2012 e 2016, em Campo Grande (MS). De acordo com o site TopMídiaNews, a vítima sofreu ameaças e tortura psicológica para ceder imóvel por conta de “dívida” com a família Name.
Ainda de acordo com a denúncia, Jamilzinho, supervisionado pelo pai Jamil Name, emprestou dinheiro a juros exorbitantes para Jose Carlos, que queria investir no ramo de imóveis. Além de cobrar taxas muito altas, Jamilzinho propôs parceria para aquisição de imóveis junto da vítima, entre eles um terreno perto da Avenida Guaicurus.
No entanto, Jamilzinho não honrou com os compromissos referentes a sua parte, fazendo com que José Carlos se endividasse ainda mais. Os primeiros empréstimos do empresário com Jamilzinho ocorrem entre 2012 e 2013 e somaram cerca de R$ 280 mil. Tempos depois, o débito ficou milionário, fazendo com que o empresário falisse.
Não satisfeito, diz a denúncia, Jamilzinho ameaçava José Carlos e a esposa dele constantemente, inclusive na presença de homens armados, sendo uma ocasião havia um taco de beisebol enrolado com arame farpado. A figura do vereador Ademir Santana aparece na história em 2016, quando Jamil Name e o Jamilzinho queriam que José Carlos e a mulher cedesse a casa onde moravam, no Monte Líbano, para eles, sob o argumento que estariam devendo para a família.
Ainda conforme o MPE, foi Ademir Santana que foi buscar marido e mulher na casa deles e leva-los à residência do patriarca Jamil Name. Lá eles foram ameaçados pelo grupo e acabaram cedendo o imóvel para a família Name. Os outros denunciados por extorsão qualificada são: Benevides Cândido Pereira, Euzebio de Jesus Carvalho e Juanil Miranda Lima. Por conta dos prejuízos financeiros causados à vítima, o MPE pediu devolução de R$ 6,3 milhões.
Vai vendo!!!!
Policial preso na Operação Omertà em 2019 troca cadeia por tornozeleira eletrônica
O policial civil Elvis Elir Camargo Lima, que foi preso no dia 27 de setembro de 2019 durante a Operação Omertà, conseguiu trocar a cela da cadeia pelo uso de tornozeleira eletrônica pelos próximos 180 dias.
Conforme decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, além do monitoramento, Elvis Lima deverá comparecer mensamente em juízo, não se ausentar da comarco por um período superior a 8 dias, sem autorização, permanecer em casa à noite, fins de semana e feriados, além de não manter contato com testemunhas e acusados.
Antes de ser afastado do cargo de investigador na Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, ele já era investigado por suspeitas de ter apoiado grupo de extermínio por meio de práticas ilícitas, na região de fronteira.
Agora, procedimentos administrativos buscam saber como itens que teriam sido apreendidos pela Polícia, como caminhonete com placas do Paraguai e pistola Glock 9, foram parar na casa do policial civil em Campo Grande no dia da Operação Omertà.