Salário de secretário some da Transparência, por quê?

Enquanto os médicos travam uma das piores batalhas por salário na Capital, o secretário de Saúde Marcelo Vilela, que recebeu quase R$ 9 mil só de gratificações em janeiro do chefe Marquito Trad, agora teve os rendimentos “apagados” do site da Transparência, pelo menos na tarde dessa terça-feira o que aparecia era apenas a matrícula e o nome, conforme print ao lado.

Tratado a “pão de ló” pelo prefeito e tido como um secretário que promete e não cumpre, Vilela está sendo investigado pelo promotor Marcos Alex, da 29 promotoria do Patrimônio Público, depois que foi descoberto um salário de R$ 22,3 mil reais do Hospital Regional.

Já o salário da secretária-adjunta Andressa de Lucca aparece no Portal normalmente,  onde recebeu no mês de maio quase R$ 14 mil reais.

GREVE

Já os médicos rejeitaram a proposta da prefeitura e aprovaram greve por tempo indeterminado no início da semana por reajuste nos salários. Oficialmente, o prefeito alega que não dispõe de dinheiro para acatar o pedido dos médicos. Com salário base de R$ 2,2 mil, a categoria reivindica reajuste de 27%.

Segundo o Sindicato dos Médicos, dos 1,2 mil profissionais que trabalham na saúde municipal, cerca de 95% teriam aderido à paralisação da categoria. Eles estão trabalhando em modelo padrão, ou seja, sem faltar aos plantões nos postos de saúde, mas apenas casos de urgência e emergência sendo consultados.

A greve dos médicos começou ontem (26) contrariando uma decisão da Justiça, favorável a Prefeitura de Campo Grande, que determinou a suspensão da paralisação sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A categoria foi notificado da liminar e entrou com recurso para cancelar a medida. Até a publicação deste reportagem não houve resposta do judiciário sobre o recurso.