Reza e jejum de moradores não foram suficientes para livrar vice-prefeito de inelegibilidade

Até que o vice-prefeito de Iguatemi, José Roberto Felippe (MDB), tentou manter seus direitos políticos apelando para que a população do município rezasse e fizesse jejum, mas o apelo para a fé da população local não foi suficiente. A Câmara Municipal aprovou a reprovação das contas do político de quando foi prefeito da cidade e ele não poderá sair candidato nas próximas eleições.

Na semana passada, o vice-prefeito recorreu às redes sociais e lá postou uma mensagem dramática, a de que precisava de reza e que os moradores amigos ficassem sem comer por dois dias como meio de lhe garantir o direito a permanecer na política.

“Como muitos de vocês sabem, tenho sido alvo de perseguição política e enfrentarei um julgamento sobre meu mandato anterior, por uma falha técnica que não me é imputável. Neste momento desafiador, quero pedir a todos nós, como uma comunidade unida, que nos unamos na próxima segunda e terça-feira dia onze e doze, em oração e jejum”, suplicou.

José Roberto Felippe foi prefeito da cidade por duas gestões de 2009 a 2016 e teve um de suas contas reprovadas pelo TCE (Tribunal de Contas Estadual). Ele recorreu, mas a Corte de Contas manteve a repreensão, fazendo que a Câmara Municipal optasse pela inelegibilidade do vice-prefeito, que tentaria voltar à Prefeitura de Iguatemi em 2024.

Na sessão, foram seis votos contra e três a favor, sendo que José Roberto Felippe tentou, em vão, defender sua elegibilidade durante a sessão da Casa de Leis, alegando ser inocente. Ele afirmou que nada “fraudou, roubou, sumiu com recursos públicos nem se enriqueceu nos oito anos que chefiou a prefeitura”.

A decisão da Câmara dos Vereadores segue agora para o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), que deve homologar a decisão que tira José Roberto Felippe do páreo político em 2024. Não se sabe, ainda, oficialmente, ao certo, quanto tempo o vice-prefeito ficará inelegível, porém, a decisão não mexe no atual mandato.