Réus pelo desvio de R$ 2,6 milhões de obras, Giroto e Amorim vão a julgamento no dia 30 de maio

Giroto e Amorim chegam ao presídio carregando colchões - Fotos: Marco Miatelo - Diário Digital

O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, marcou para o dia 30 de maio deste ano a audiência de instrução e julgamento dos réus Edson Giroto, que é ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal, e João Amorim, empresário do ramo de construção, pelo desvio de R$ 2,6 milhões nas obras de manutenção da MS-171.

Segundo o site O Jacaré, o julgamento é o desfecho da ação por improbidade administrativa protocolada há sete anos e que tramita em sigilo na Justiça. Este é apenas um dos julgamentos previstos para este ano na Operação Lama Asfáltica, considerado um dos maiores escândalos de corrupção e desvios de dinheiro público entre 2007 e 2014, na gestão de André Puccinelli (MDB), que não é réu neste processo.

Também irão a julgamento Elza Cristina Araújo dos Santos, empresária e sócia de João Amorim, e Maria Wilma Casanova Rosa, que é ex-presidente da Agesul. Edson Giroto, Maria Wilma Casanova e João Afif Jorge recorreram até ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para tentar anular o recebimento da denúncia, porém, a corte negou o pedido e manteve o processo.

A denúncia foi recebida pelo juiz Alexandre Antunes Silva, que respondia pela 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. A decisão foi mantida pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que viu fortes indícios das irregularidades. O MPE (Ministério Público Estadual) discriminou de forma clara a conduta de cada um no suposto esquema criminoso de desvio de recursos públicos.