De acordo com o site O Jacaré, ele já tinha sido citado por doar R$ 300 mil para o ex-governador Zeca do PT, que tenta retornar à Assembleia Legislativa após 24 anos. Na ocasião, o petista lamentou a “tempestade em copo d’água” com a doação de um “amigo”. Ele não viu problemas nenhum em receber dinheiro para a campanha de um réu por corrupção.
Só que Zeca não é o único integrante da bancada de Cortez. Conforme o TSE, ele também doou para outros cinco candidatos. Ex-secretário estadual de Fazenda, ex-prefeito de Corumbá e deputado estadual, Paulo Duarte recebeu R$ 200 mil, o 2º maior valor doado por Toninho Cortez, como o empresário é mais conhecido.
Na busca do 6º mandato como deputado federal, Vander Loubet recebeu R$ 150 mil. Além desta doação, o sobrinho de Zeca teve mais R$ 1,5 milhão do fundo eleitoral, valor repassado pelo PT nacional.
Presidente do Conselho de Pastores, o pastor Wilton Acosta (Republicanos) teve R$ 120 mil para concorrer ao cargo de deputado federal. O deputado estadual Amarildo Cruz ganhou R$ 80 mil.
A lista eclética de políticos financiados também conta com o ex-prefeito de Sidrolândia e ex-presidente da Agraer, Enelvo Felini (PDT), que teve R$ 70 mil. Ele sempre foi filiado ao PSDB e nesta eleição foi para um partido de esquerda na esperança de obter votos para retornar ao legislativo.
Cortez foi denunciado por corrupção passiva e improbidade administrativa na Operação Lama Asfáltica. Somente na ação que cobra R$ 25 milhões de propina da JBS ao ex-governador André Puccinelli (MDB), ele chegou a ter R$ 190 milhões bloqueados pela Justiça estadual por improbidade administrativa. O bloqueio foi suspenso pelo Tribunal de Justiça.
Apesar de se mostrar são e com as faculdades em dia para promover as doações eleitorais, em junho de 2020, Antônio Cortez alegou demência para se livrar de uma das ações criminais decorrentes da Operação Lama Asfáltica. Ele teve o processo desmembrado da denúncia do envio de R$ 1,7 milhão para o exterior junto com João Roberto Baird, o Bill Gates Pantaneiro.