As Lojas Americanas S.A., que estão em processo de recuperação judicial depois de anunciar um rombo contábil de aproximadamente R$ 40 bilhões, devem R$ 256.288,75 em tributos para o Governo do Estado e para a Prefeitura de Campo Grande. De acordo com levantamento feito pelo Correio do Estado, as procuradorias-gerais do Estado e do Município, responsáveis pela cobrança das dívidas tributárias, já ajuizaram ações de execução na Justiça.
Uma outra empresa controlada pelos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, que integram o fundo 3G Capital, era a empresa que mais devia ao fisco sul-mato-grossense em 2021: a Ambev. Na época, um relatório da Procuradoria da Dívida Ativa indicava um débito de R$ 283.882.892,32 da multinacional de bebidas, controlada pelos acionistas majoritários das Lojas Americanas.
A maior dívida das Lojas Americanas é com o Governo de Mato Grosso do Sul, sendo que, em 25 de outubro do ano passado, quando a Procuradoria-Geral do Estado ajuizou ação de execução fiscal, crédito da administração pública com a varejista era de R$ 253.691,57.
Basicamente esta dívida tributária tem origem na inadimplência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Há registros de que o imposto não vinha sendo pago em algumas operações desde 2014. No valor da dívida atribuída à Lojas Americanas S/A também constam juros e multas.
No caso de Campo Grande, a dívida tributária da Lojas Americanas S/A é no valor de R$ 2.587,18. A ação foi ajuizada em 9 de setembro do ano passado. No processo não é informada a origem do tributo, se trata-se de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), ou de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
A empresa, que também é dona das lojas online Submarino e Shoptime, além do marketplace Americanas.com, também deve à prefeitura de Três Lagoas: pouco mais de R$ 6 mil. Dívida tributária de R$ 6 mil que a B2W (incorporada à Lojas Americanas no ano passado) tem com o município do leste do Estado.