Que pecado! Ex-presiente do TRT, João de Deus, faz piada com o 24 em plena sessão. Veja o vídeo!

 

Em país preconceituoso como o Brasil, espera-se que as autoridades deem o exemplo para a população, porém, não é isso que acontece até mesmo nos órgãos do Poder Judiciário. Em Mato Grosso do Sul, em plena sessão remota do TRT/MS (Tribunal Regional do Trabalho no Estado), o ex-presidente, desembargador do trabalho João de Deus Gomes de Souza, fez piada com o número “24’’, que é associado por muitos brasileiros como sendo o que caracteriza homossexuais.

Durante a transmissão da sessão de julgamento, o desembargador fez uma piada de mau gosto ao dizer que, quando se depara com o número “24’’, já pula direto para o número “25”. Por incrível que pareça, o nome do TRT entre todos os tribunais do Trabalho no País é também o “24ª Região”, lotado em Campo Grande (MS).

Segundo o site TopMídiaNews, a “brincadeira”, se é que se pode chamar tal ato disso, ocorreu na quarta-feira (11) e reunia advogado, membro do MPT (Ministério Público do Trabalho) e demais desembargadores da 2ª Turma do TRT, presidida pelo desembargador Francisco das Chagas.

A piada ocorreu quando João de Deus perguntou a Francisco das Chagas qual era o número do próximo processo [incidente processual] a ser analisado pela corte trabalhista. O desembargador, então, informou o número, que começava com o “24”, quando João de Deus reagiu: “É que quando começa com esse negócio de 24 eu já pulo pra 25”, riu. Em seguida, foi advertido pelo relator dos processos: “Cuidado… olha [trecho inaudível] de manhã [risos]’’, observou.

O desembargador João retoma a palavra e diz: “A Seleção Brasileira não tem o número 24’’, diz novamente. Segundos depois, o desembargador Francisco das Chagas, ainda risonho, entende que a brincadeira pode ser interpretada por alguns militantes como uma fala homofóbica. “Hoje a gente precisa ter cuidado com o que fala… tá complicaaaado’’, observou, rindo mais uma vez.

Após o episódio, o desembargador João de Deus emitiu uma nota pedindo desculpas pelo ocorrido. “Esclareço que o meu comentário na última Sessão Judiciária da 2ª Turma do TRT da 24ª Região, realizada no dia 11 de agosto, não reflete, de modo algum, minha opinião pessoal e profissional acerca da Diversidade Sexual e de Gênero. Reconheço que a colocação foi inoportuna e infeliz, e, por ela, peço sinceras desculpas, lamentando o ocorrido”.