O grupo que sequestrou e manteve em cativeiro um menino de apenas 11 anos por dois dias na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS), foi finalmente preso ontem (15) com a captura do suposto líder e de outros dois supostos cúmplices. O rapaz que vigiava a criança foi preso na terça-feira (13) durante a operação policial que resgatou a vítima na terça-feira (13).
O suposto mentor intelectual do sequestro é Marco Antonio Echeverría Figueredo, de 23 anos, que supostamente foi quem comandou no domingo (13) o ataque à casa da família Soria e aquele que mais tarde negociou o pagamento do resgate.
Marco foi traído por seu cúmplice Sirilo Brítez Benítez, 18 anos, outro que entrou na casa da família Soria e que foi pego preso com o garoto de 11 anos durante a operação policial na noite de terça-feira.
De acordo com informações da Polícia, Sirilo disse que Marco o contratou apenas para atacar a família Soria e que ele não sabia que iriam perpetrar um sequestro até o momento em que recebeu ordens para vigiar a criança na casa que já tinha sido alugada uma semana antes.
A operações policial em Pedro Juan Caballero resultou nas prisões de outros dois: Héctor Daniel Mereles Espínola, com 18 anos, e Claudio Ferreira, com 24 anos.
Hector, de acordo com a Polícia, ajudou Marco, alegadamente no planejamento do rápito e depois queimou na casa um dos chips de telefone celular usados para negociar o pagamento do resgate. Além disso, ele abrigou o suposto líder em sua casa depois que a criança foi resgatada.
Quanto a Claudio, ele foi o único que ativou os dois chips utilizados no sequestro: o que foi deixado para a família Soria após o rápito da criança e o outro com a qual se comunicaram com os pais do menor.
No momento, os investigadores não podem determinar quem dos arredores da família ajudou os sequestradores, já que eles tinham cópias das chaves da residência. O suposto líder do grupo, Marco Echeverría, vive ao lado da pedreira pertencente ao avô do menino que foi sequestrado.
A espectacular operação de resgate foi executada por pelo menos 50 policiais, liderados pelo subcomandante Bartolomé Báez López, embora também tenham participado agentes da Direção Geral de Investigação Criminal, da Direção da Polícia de Amambay e da Direção de Inteligência do Ministério do Interior. Inicialmente, jovens os bandidos pediram 400 mil reais de resgate, mas baixaram para 50 mil reais (equivalente a cerca de 88 milhões de guaranis).
A família da criança admitiu que estava se preparando para pagar quando ocorreu a operação da Polícia. Não há muito para comemorar Embora o governo tenha se vangloriado repetidamente do resgate da criança, em Caaguazú, Concepción e San Pedro há outros sete reféns à espera de ser libertados.