Promotor paraguaio executado na Colômbia investigava morte de filha de governador de Amambay

O promotor de Justiça Marcelo Pecci, responsável pelas investigações envolvendo o crime organizado no Paraguai e que foi executado na terça-feira (10) durante a lua de mel na Colômbia, estava cuidando do caso da chacina ocorrida em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), no dia 9 de outubro de 2021. Entre as vítimas estava Haylee Acevedo, de apenas 21 anos, filha do governador do Departamento de Amambay, Ronald Acevedo.

Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, todas as conexões relacionadas aos casos investigados pelo promotor de Justiça serão levadas em consideração. Alguns casos que estavam na pasta de investigações são estrangeiros, de países árabes, e até brasileiros, uma vez que ele ajudou a desarticulação de grupos criminosos como o PCC (Primeiro Comando da Capital). A maioria dos casos são importantes, crime organizado, narcotráfico, até terrorismo.

Além da chacina em que morreu a filha do governador do Departamento de Amambay, o promotor também trabalhou no assassinato do jornalista sul-mato-grossense Léo Veras, que executado em fevereiro de 2020 no quintal da própria residência em Pedro Juan Caballero. Ele também trabalhou na detenção do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho por porte de documentos falsos.

No entanto, seu principal caso em investigação era a operação “A Ultranza Py”, a maior contra a lavagem de dinheiro no Paraguai, que começou ao fim de 2019, em cooperação com órgãos dos Estados Unidos, a União Europeia e o Uruguai. Para as autoridades paraguaias, os envolvidos nesse caso, em especial, podem ser os mandantes do assassinado do promotor Marcelo Pecci.