Após reunião com o Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande determinou o retorno do uso de máscaras para os professores, diretores e equipe escolar, enquanto os alunos receberão apenas recomendação para voltar com a utilização do item de proteção facial.
A medida de segurança é uma tentativa de frear o aumento no número de casos de doenças respiratórias. Entre as prioridades, foi debatido durante o encontro o uso de máscaras nas escolas, a negociação de leitos de pediatria com a Santa Casa de Campo Grande, a capacitação de médicos e enfermeiros e a elaboração de orientações preventivas na transmissão de doenças respiratórias. De acordo com o secretário de saúde, Sandro Benites, ficou decidido que a volta do uso de máscaras está restrita aos professores, diretores e equipe escolar. Ele disse que o uso de máscara ficará obrigatório para os professores e diretores em todas as escolas, já os menores não têm condições de usar máscara, no momento. Benites explicou que a medida é uma tentativa de reduzir a lotação dos leitos pediátricos em Campo Grande. Só no último fim de semana foram atendidas cinco mil crianças com sintomas de doenças respiratórias e, até o momento, cerca de 20 crianças aguardam transferência de leito. Além disso, está sendo estudada a possibilidade de compra de até no máximo 10 leitos pediátricos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e até 30 leitos clínicos distribuídos em vários hospitais, dependendo da quantidade que cada unidade tem a oferecer. De acordo com dados divulgados pela Sesau nesta segunda-feira (10), entre a 7ª semana, quando foi observado um aumento no número de casos de síndromes gripais, e a 14ª semana epidemiológica foram registradas 602 internações de pacientes com Síndromes Respiratórias Agudas Graves, dentre adultos e crianças. No público de crianças entre 0 e 9 anos são 419 internações, aproximadamente 70% do total. A secretaria informou também que houve uma convocação de médicos pediatras na última quinta-feira, no entanto, todo médico do cadastro temporário e aprovado em concurso está apto para atender as crianças que apresentarem sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A Sesau comunicou que até o momento foram registrados quatro óbitos por vírus sincicial respiratório (VSR) em 2023, sendo três crianças menores de um ano e um homem de 30 a 39 anos de idade.