Procon fecha o cerco às distribuidoras por divergência de preço dos combustíveis

Após diversas fiscalizações sobre os postos de combustíveis em Campo Grande (MS), o Procon-MS está investigando distribuidoras de Mato Grosso do Sul sobre a conduta dessas empresas quanto à cobrança de preços diferenciados em regiões distintas do Estado depois do anúncio de reajuste da Petrobras sobre os custos da gasolina e do diesel em todo o País.

Segundo o superintendente Marcelo Salomão, o processo está em andamento para verificar possíveis irregularidades por parte dessas fornecedoras. Ele explica que o Procon está investigando porque o produto de um estabelecimento da Capital é comprado por um preço junto às distribuidoras e o mesmo combustível no interior, sem insumo de transporte, tem outro preço.

O órgão de defesa do consumidor quer saber qual a diferença entre o combustível que é comercializado em Campo Grande e o que é comercializado no interior. Nesta semana, o Procon chegou a realizar reunião com algumas autoridades e representantes do setor em virtude da constatação de divergência dos preços praticados com estabelecimentos da Capital e do interior.

De acordo com o órgão, a discrepância entre as localidades chega a ser de quase 9% e é preciso saber o porquê da ocorrência dessas diferenças. As distribuidoras vendem o litro da gasolina aos postos da Capital a R$ 6,09 e aos postos do interior a R$ 6,60, mesmo se fornecerem o frete, o que faz com que o preço médio do litro da gasolina no interior seja de R$ 7,54.

Segundo Marcelo Salomão, não foram encontradas fraudes nas atividades desempenhadas pelas distribuidoras no Estado. No entanto, os trabalhos de apuração do Procon devem apontar as possíveis causas para a cobrança divergente de preços.

No município de Tacuru, já é constatada uma realidade que contrasta com a da Capital. O custo do litro da gasolina comum na cidade registra a cifra de R$ 7,09, um valor 9,41% mais caro que o preço médio do mesmo combustível adquirido em Campo Grande.

Conforme relatado pela Procon, ainda será definida uma data para que um novo encontro, previsto para o dia 31 de janeiro, seja realizado junto às distribuidoras. O objetivo da reunião é o de obter esclarecimentos dessas empresas sobre a variação de preços entre as localidades. A intenção é de que as fornecedoras também apresentem um plano que solucione o problema atual.