O Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – teria prendido agora de manhã em Campo Grande o ex-prefeito da capital Gilmar Olarte e sua esposa, Andrea Olarte. A operação foi na residência do casal.
A prisão teria sido temporária por cinco dias.
Eles estão sendo acusados de corrupção e lavagem de dinheiro numa nova fase das investigações do MP.
Um dos fatos investigados é a construção de uma mansão no residencial Dahma, na Capital, que teria consumido mais de 450 mil reais e teria o valor final de 1,5 milhão de reais.
A obra era tocada por um dos filhos do casal e foi abandonada assim que eles saíram da Prefeitura no ano passado.
O Gaeco já ouviu o porteiro, o mestre de obra e até o corretor do empreendimento. Todos contam que o casal foi quem acertava os pagamentos, a maioria deles que dinheiro vivo.
Inclusive com vídeos e áudios já anexados ao procedimento investigatório.
Além disso, Andrea teria comprado imóveis em outros estados e num deles acabou não pagando os valores combinados.
Olarte já responde por outros processos. Um deles é oriundo da Operação Coffee Break onde ele teria junto com outros políticos armado uma trama para derrubar o prefeito Alcides Bernal (PP).
Nota do Gaeco
O Ministério Público de mato Grosso do Sul por meio do GAECO – O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado cumpre nessa segunda-feira (15/08) 4 MANDADOS DE PRISÃO TEMPORÁRIA, expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul em desfavor de : GILMAR ANTUNES OLARTE e sua esposa ANDRÉIA NUNES ZANELATO OLARTE, EVANDRO SIMÕES FARINELLI e IVAMIL RODRIGUES DE ALMEIDA.
Cumprimento de 6 mandados de busca e apreensão nos seguintes locais, todos localizados em Campo Grande:
A) residência do casal OLARTE;
B) na empresa de Andréia Olarte denominada “CASA DA ESTETICISTA”;
C) na residência de IVAMIL RODRIGUES DE ALMEIDA;
D) no escritório de IVAMIL RODRIGUES DE ALMEIDA, empresa denominada “IVAMIL EVENTOS CONSULTORIA E ASSESSORIA LTDA;
E) na residência de EVANDRO SIMÕES FARINELLI;
F) no endereço comercial de EVANDRO SIMÕES FARINELLI – empresa denominada “CHASSI AUTOMOTIVO LTDA”.
As prisões e os mandados de busca e apreensão foram expedidos no bojo de procedimento investigatório criminal conduzido pelo GAECO, onde se apura a prática dos crimes de LAVAGEM DE DINHEIRO, ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E FALSIDADE IDEOLÓGICA.
Os fatos apurados possuem conexão com a Operação Adna, em trâmite no Tribunal de Justiça, onde se atribui a GILMAR OLARTE a prática do crime de corrupção passiva.
As investigações tiveram início a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de ANDRÉIA OLARTE e de sua empresa (CASA DA ESTETICISTA), além de informações de que entre os anos de 2014 e 2015, enquanto GILMAR OLARTE ocupava o cargo de Prefeito Municipal, sua esposa adquiriu vários imóveis na capital, alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal.
Para tanto, o casal Olarte contou com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de imóveis e braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli, pessoa que cedia o nome para que as aquisições fossem feitas em nome de Andréia Olarte.