Preso desde o dia 21 de maio, durante a “Operação Cartão Vermelho”, o presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, teve ontem (4) um segundo pedido de habeas corpus negado pela Justiça. O primeiro pedido de revogação da prisão foi indeferido na última quarta-feira (29).
Ele e outros seis, incluindo familiares, são acusados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de compor organização que desviou mais de R$ 6 milhões da FFMS entre 2018 e fevereiro de 2023. Os recursos eram provenientes de repasses do Governo do Estado e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
No Diário da Justiça desta terça-feira (4), foi publicada a decisão que mantém a prisão preventiva de três acusados. A Justiça decidiu por manter Cezário, Umberto Alves Pereira e Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira na cadeia “como forma de resguardar a ordem pública, a instrução processual e a aplicação da lei penal (art. 312 do CPP)”.
Francisco Cezário estava à frente da FFMS há mais de duas décadas, desde 1998. Quando foi preso em 2021, os agentes também apreenderam R$ 800 mil em espécie – inclusive com notas em dólar – da residência do dirigente. Ainda, na última terça-feira (28), estava marcado depoimento de Cezário no Gaeco, entretanto, apenas um advogado dele compareceu e informou que o mandatário iria ficar em silêncio.