O Artigo 57 do estatuto da FFMS autoriza que os clubes associados podem convocar uma assembleia-geral para discutir o futuro da entidade e também a instauração de um procedimento que apure casos de má gestão do presidente. Cezário está à frente da federação há 26 anos e, caso seja constatada a responsabilidade dele, será considerado inelegível por dez anos para cargos eletivos em qualquer entidade desportiva profissional.
Ainda de acordo com o estatuto, essa comissão pode afastar temporariamente Francisco Cezário e acionar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, para que nomeie um interventor independente.
Um desses exemplos, aconteceu com o presidente da Federação de Futebol da Paraíba, Amadeu Rodrigues. Ele foi afastado da entidade em uma operação policial que investigava um esquema de corrupção no futebol paraibano. Após acionar a CBF, o auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Boson Gambogi, assumiu o cargo interinamente.
Caso um interventor seja escolhido pela Confederação Brasileira de Futebol, ele pode permanecer no cargo até 2027, quando termina o mandato de Francisco Cezário, ou convocar novas eleições em prazo estimado pela CBF.
O ex-prefeito de Rio Negro e presidente da FFMS é um dos pelo menos cinco presos durante a Operação Cartão Vermelho e, na casa dele, foram apreendidos mais de R$ 800 mil em dinheiro.