Preso acusado de desviar R$ 6 milhões do futebol, Cezário pode ser banido por até 10 anos. É pouco!

O presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, que está preso desde terça-feira (21) sob a acusação de ter desviado mais de R$ 6 milhões entre os anos de 2018 e 2023 destinado ao futebol no Estado, pode ficar afastado da entidade por até 10 anos em casos de má gestão financeira.

O Artigo 57 do estatuto da FFMS autoriza que os clubes associados podem convocar uma assembleia-geral para discutir o futuro da entidade e também a instauração de um procedimento que apure casos de má gestão do presidente. Cezário está à frente da federação há 26 anos e, caso seja constatada a responsabilidade dele, será considerado inelegível por dez anos para cargos eletivos em qualquer entidade desportiva profissional.

Ainda de acordo com o estatuto, essa comissão pode afastar temporariamente Francisco Cezário e acionar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, para que nomeie um interventor independente.

Um desses exemplos, aconteceu com o presidente da Federação de Futebol da Paraíba, Amadeu Rodrigues. Ele foi afastado da entidade em uma operação policial que investigava um esquema de corrupção no futebol paraibano.  Após acionar a CBF, o auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Boson Gambogi, assumiu o cargo interinamente.

Caso um interventor seja escolhido pela Confederação Brasileira de Futebol, ele pode permanecer no cargo até 2027, quando termina o mandato de Francisco Cezário, ou convocar novas eleições em prazo estimado pela CBF.

O ex-prefeito de Rio Negro e presidente da FFMS é um dos pelo menos cinco presos durante a Operação Cartão Vermelho e, na casa dele, foram apreendidos mais de R$ 800 mil em dinheiro.