A Prefeitura de Campo Grande já iniciou em terrenos nos bairros José Tavares e Jardim Talismã a construção das primeiras unidades habitacionais destinadas às famílias da comunidade do Mandela, que tiveram seus barracos destruídos durante um incêndio.
No caso do Bairro José Tavares, foram 38 famílias realocadas, sendo que houve a necessidade da preparação do terreno que fica entre as ruas Rosa Maria Lopes Conto e Alcibíades Barbosa, que anteriormente funcionava como uma área de lazer, com um campo de futebol.
Acompanhando a modificação estavam dois carros da concessionária de águas, na tarde do dia 6 de dezembro, participando da delimitação dos lotes, em que serão construídas as novas casas. Estavam sendo feitas as modificações necessárias para passar a tubulação de canos.
A Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) já havia estipulado que assim que terminassem a divisão dos lotes e a instalação de água e energia elétrica nas áreas selecionadas, seria feita a realocação das famílias. A estimativa é que as casas fiquem prontas em oito meses.
Já o Bairro Talismã receberá 38 famílias, sendo que conforme informou a prefeitura a localização para a construção ocorreu após profunda análise, entendendo a necessidade das famílias, como acesso a unidades de saúde, creches, escolas, entre outros.
“Demos início aos trabalhos nas áreas para proporcionar moradias dignas às famílias. Em breve o sonho da casa própria será realizado e garantido a todas essas pessoas”, reforça a prefeita Adriane Lopes.
Após o sorteio da Emha no último sábado (9), as primeiras famílias começaram a ser reassentadas na nova área. O sorteio para alocação dos lotes foi destinado para 187 famílias que atualmente residem na comunidade do Mandela.
A realocação para os novos terrenos inicia a partir de quinta-feira (14) com a previsão de que em um prazo de 12 meses, todas as unidades habitacionais estejam concluídas. Proporcionando a oportunidade de recomeço para as famílias que perderam tudo no incêndio.
Enquanto as unidades de habitação não ficam prontas, a prefeitura informou às famílias que não quiserem mais ficar nas barracas cedidas pelo exército podem ir morar nos fundos dos lotes.
Para tanto, casas provisórias serão erguidas para os moradores do local com a ajuda da Prefeitura, enquanto eles aguardam a construção de residenciais, que serão feitos no prazo de oito meses, com o apoio do governo do Estado, por meio da Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul).
Ao todo são 133 famílias do Mandela, que terão a regularização fundiária garantida nessas áreas. O financiamento para a construção das casas virá por meio do programa Credhabita com investimento de aproximadamente R$ 15 milhões em recursos próprios da prefeitura.
No caso dos solteiros que residem na comunidade, a metragem da casa será menor. Cada família beneficiada pagará parcelas mensais de R$ 185, pelo prazo de 360 meses (30 anos). Além disso, a prefeitura recebeu R$ 9 milhões em emenda parlamentar.