Parece que finalmente chegou ao fim à polêmica provocada pelo prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), que desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (11) teve sua casa praticamente cercada por Forças de Segurança e até então lá cumpriria quarentena, mas depois ficou acertado que ele irai para um hotel. Agora, o caso teve uma reviravolta e José Acevedo foi recambiado pelas autoridades para uma Unidade Militar na cidade de Concepción.
O político paraguaio deverá cumprir a quarentena em unidade militar depois de desobedecer ao decreto presidencial de medidas sanitárias de combate à Covid-19. No domingo (10), José Carlos Acevedo, a esposa e seguranças cruzaram a Linha Internacional e foram passar o Dia das Mães na casa da sogra do prefeito em Mato Grosso do Sul.
Ele teve a prisão preventiva solicitada depois que imagens dele discutindo com um integrante do Exército que fiscaliza fronteira entre o Brasil e o Paraguai viralizaram na Internet causando revolta da população paraguaia que está cumprindo as medidas sanitárias impostas pelo decreto presidencial em vigor no país para impedir a propagação da Covid-19.
A medida obriga que todas as pessoas que ingressem no país neste precisam cumprir a quarentena o que não foi feito por José Acevedo e seus acompanhantes. Na manhã de hoje foi cogitada a possibilidade de o prefeito cumprir quarentena domiciliar, mas a justiça do Paraguai não aceitou.
O diretor da 13º região sanitária do Paraguai, Nelson Collar, que de manhã foi até a casa do prefeito para comunicá-lo da quarentena obrigatória, classificou de irresponsável a medida tomada por José Carlos Acevedo.
Nesta segunda-feira, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, determinou troca no comando militar local por causa do episódio. Acevedo deve ser denunciado formalmente por descumprir a quarentena e corre risco de perder o cargo. Ele é prefeito de Pedro Juan Caballero desde 2015 e o mandato termina neste ano.
.