Após o Governo do Paraguai determinar que brasileiros terão de cumprir quarentena de sete dias para entrar no país devido ao avanço da variante Delta do novo coronavírus (Covid-19), o prefeito de Ponta Porã, Hélio Peluffo (PSDB), disse que a regra estabelecida soa com brincadeira diante da imensa fronteira entre os dois países.
“Isso é piada, uma fronteira com quase 800 quilômetros de extensão, como vão controlar um negócio desse? Não tem nem como”, disparou o gestor municipal em entrevista ao jornal O Estado MS. Pela resolução, os viajantes têm de permanecer em hotéis ou no endereço apontado pelas autoridades paraguaias antes de circular livremente pelo país vizinho.
Além disso, os visitantes deverão apresentar um teste negativo para a doença no momento da entrada. Para o prefeito de Ponta Porã, a exigência de quarentena deveria ser cobrada para a entrada da população paraguaia em solo brasileiro. “Nós estamos com quase 70% da população vacinada, então eles estão na contramão. Essa lógica deveria ser invertida, quem deveria fazer essa exigência era nós contra eles”, explicou.
Até o momento, o Paraguai, que possui mais de 7 milhões de habitantes, acumula cerca de 428 mil infecções e 13,4 mil mortes desde o início da pandemia. Recentemente o país enfrentou um pico de casos que levou o sistema de saúde ao colapso, com falta de oxigênio e leitos de UTI. Atualmente a média móvel de casos no país vizinho está em torno de 1,5 mil. O número de óbitos diários segue elevado, acima de 100 desde o final de maio.