A coisa está muito feia mesmo na gestão da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que até a quantidade de merenda repassada para as EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil) diminuiu, conforme denúncia de funcionários feita ao site TopMídiaNews.
No EMEI Alba Lucia Spengler dos Santos Pereira, localizado no Bairro São Conrado, devido à redução na quantidade da merenda escolar para os alunos dos grupos 4 e 5, a unidade teve de suspender por uma semana o café da manhã e o lanche das crianças, sem qualquer comunicação prévia aos pais ou responsáveis.
A mudança foi implementada entre os dias 7 e 14 deste mês, quando a diretora teria voltado atrás na decisão. Durante esse período, as refeições foram concentradas em dois momentos do dia, sendo às 8h30 da manhã e às 14h30.
Segundo funcionários da escola, o leite e o pão, que normalmente são oferecidos no café da manhã, deixaram de ser servidos. Para amenizar a situação, bolachas passaram a ser distribuídas nas salas de aula em casos considerados mais urgentes, conforme uma denunciante.
“Da segunda-feira (7) à segunda-feira (14) houve a redução, mas ela voltou atrás, pois as crianças contaram aos pais e alguns deles tentaram denunciar na Semed”, relatou uma funcionária que preferiu não se identificar.
A justificativa apresentada internamente pela direção da escola, conforme o relato dos funcionários, foi de que a mudança seria uma “adaptação” da rotina escolar, aproximando os horários de alimentação do modelo adotado por escolas de ensino fundamental.
“Estamos realizando algumas adaptações na rotina escolar. Uma das mudanças consiste em fazer apenas um momento de alimentação para os grupos 4 e 5. […] Sabemos que algumas crianças, em situação de maior vulnerabilidade social, chegam na escola de barriga vazia no período da manhã; por isso vamos deixar algumas bolachinhas ‘engatilhadas’ caso percebamos alguma situação mais preocupante”, disse trecho de um comunicado atribuído à direção da escola.
A mudança, no entanto, teria causado desconforto entre as crianças, que, segundo funcionários, com o “almoço” sendo servido às 8h30 da manhã, passaram a reclamar de fome novamente por volta das 10h30. “Não sabemos porque houve a revogação da decisão, se foi porque os funcionários reclamaram ou porque tiveram pais que tentaram denunciar na Semed (Secretaria Municipal de Educação).
Mesmo com o retorno das quatro refeições (café da manhã, almoço, lanche e jantar), funcionários afirmam que a direção segue sustentando a ideia de que os alunos dos grupos 4 e 5 não necessitam de duas refeições por turno. “Gostaríamos de saber se isso ocorreu com todas as EMEIs ou se ao menos a Semed estava ciente dessa mudança e poderia nos esclarecer.
A reportagem procurou a secretaria sobre a denúncia. Em resposta, a Semed informa que não recebeu denúncia relacionada à redução na oferta de merenda escolar na EMEI. “Gostaríamos de assegurar que a Semed prioriza a alimentação adequada e o bem-estar de todos os alunos. Todas as ações relacionadas à alimentação escolar são realizadas em conformidade com as diretrizes de saúde e nutrição, com o objetivo de garantir o melhor para as crianças”, disse trecho da nota.
A secretaria ainda destaca que está avaliando cuidadosamente a situação junto à unidade e às equipes responsáveis para tomar as providências necessárias. “Ressaltamos que, de acordo com a Superintendência de Alimentação Escolar, não houve alteração nos horários das refeições”, completou a resposta.
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