Prefeita de Sidrolândia ignora genro na cadeia e aumenta contrato em R$ 8,8 milhões de empresa investigada

Sem demonstrar qualquer preocupação com a investigação do MPE (Ministério Público Estadual), a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), elevou para mais de R$ 8,8 milhões o contrato com a GC Obras de Pavimentação Asfáltica Eireli (CNPJ 16.907.526/0001-90), empresa investigada no esquema de corrupção que levou para a candeia o genro dela, o vereador campo-grandense Claudinho Serra (PSDB).
Essa empreiteira e o contrato são investigados na terceira fase da Operação Tromper, que apontou o parlamentar tucano como o chefe do esquema de corrupção que desviou dinheiro público da Prefeitura de Sidrolândia nos últimos anos.
Além de Claudinho Serra, mais sete pessoas foram presos a pedido do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e prestam depoimentos nesta semana.
O reajuste no valor do contrato investigado está no Diário da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). Além da própria prefeita de Sidrolândia, o empreiteiro também assina o extrato do termo aditivo.
Conforme a publicação, foi aditivado o contrato 35/2023 com a GC Obras de Pavimentação Asfáltica Eireli (CNPJ 16.907.526/0001-90). O valor acrescido é de R$ 470.625,07, chegando ao total de R$ 8.884.254,95.
O contrato é referente à pavimentação e drenagem de vias públicas na cidade de Sidrolândia. No entanto, o termo tem data de 26 de março, uma semana antes da terceira fase da Operação Tromper, que ocorreu em 3 de abril.
A GC foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão e funciona no mesmo local que a AR Pavimentação e Sinalização Ltda (CNPJ 28.660.716/0001-34). Além disso, o empreiteiro e dono da empresa Cleiton Nonato Correia foi preso em flagrante na Operação Tromper por ser flagrado com uma arma de fogo sem registro.
No cumprimento de mandado de busca e apreensão no local onde funcionam as duas empresas, CG e AR Pavimentação, a Polícia Militar encontrou a pistola calibre 9 mm e munições, tudo sem registro ou documentação.
Por isso, Cleiton foi detido em flagrante e encaminhado para a delegacia. Ele afirmou que guardava a arma para Thiago Rodrigues Alves, que também é um dos alvos da operação e foi preso preventivamente.
Para garantir a liberdade do acusado, foi determinado pelo juiz Jorge Tadashi Kuramoto o pagamento de fiança no valor de R$ 15 mil. O valor foi pago no mesmo dia e o empresário liberado.
Empreiteira criada logo após prefeita de Sidrolândia entregar ‘cofre’ para Claudinho Serra
De acordo com o Gecoc, a empresa GC, de Cleiton, foi criada aproximadamente 80 dias após Claudinho Serra (PSDB) assumir como secretário municipal de Fazenda, nomeado pela sogra, a prefeita de Sidrolândia, no início de 2022.
Logo após a criação, a empresa venceu licitações e firmou contratos de pavimentação. Além dessa ligação entre Cleiton e Claudinho, Thiago Alves também seria um elo. Isso porque Thiago é ex-assessor de Claudinho Serra.
Claudinho não foi eleito, mas ficou como suplente de vereador em Campo Grande. Mesmo assim, assumiu a cadeira definitivamente em março, quando Ademir Santana (PSDB) renunciou ao mandato de vereador para trabalhar na pré-candidatura de Beto Pereira (PSDB) à Prefeitura de Campo Grande. Com infos site Midiamax
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