“Porsche assassino” que matou motoentregador na Capital estava a quase 100 km/h, revela laudo

O laudo pericial encomendado pela Polícia Civil apontou que o Porsche Cayenne, avaliado em R$ 1,2 milhão, era conduzido pelo empresário Arthur Torres Rodrigues Navarro a quase 100 km/h quando atropelou e matou o motoentregador do iFood, Hudson de Oliveira Ferreira, em acidente ocorrido em março deste ano na Rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande (MS).

O veículo de luxo estava a exatos 89,4 km/h quando atingiu o motoentregador. O documento será anexado ao inquérito policial que deve ser encerrado em agosto, sem novos pedidos de dilação de prazo.

O resultado do laudo foi divulgado pela delegada de Polícia Civil Priscilla Anuda, titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil, informando que o empresário, dono do badalado Bada Bar, localizado no Jardim dos Estados, consta como indiciado por homicídio culposo e evasão do local sem prestar socorro à vítima.

A delegada disse que não há morosidade nos trâmites, que a investigação está sendo realizada e que aguarda a finalização de outros laudos, como o do local do acidente. “A 3ª DP está fazendo a parte dela”.

Ainda segundo ela, não há resposta para o pedido das medidas cautelares feitas em maio, em que foi solicitada a suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação), proibição de acesso a determinados lugares, como bares e casas noturnas e proibição de se ausentar da comarca, salvo necessidade.

Na lista, também consta que o empresário seja proibido de sair da cidade em momentos que sejam convenientes ou necessários para a investigação ou instrução do processo. O pedido teve parecer favorável do MPE (Ministério Público Estadual), mas ainda não foi apreciado pela juíza Eucélia Moreira Cabral.

Em resposta, a juíza mandou que o Arthur Navarro fosse intimado para se manifestar acerca do pedido, em um prazo de cinco dias. O mandado de intimação foi emitido no dia 15 de maio, sendo recebido pelo oficial de justiça dois dias depois. Porém, após duas tentativas, o empresário foi intimado no dia 4 de julho. Ainda não há decisão sobre a solicitação de medida cautelar.

A delegada disse que não deve pedir nova dilação de prazo, e deve encerrar o inquérito na segunda semana de agosto. A prorrogação havia sido pedida em maio, justamente para o aguardo da finalização do laudo e de oitivas de testemunhas. “Vou finalizar sem a decisão judicial”, informou. Com infos Campo Grande News