Por que não prendem PM que matou empresário? É mais “fácil” a polícia esperar ele se entregar?

Quando o crime é contra policiais o tratamento é diferenciado? Ou seria porque ele é PM?

A sociedade aguarda uma resposta.

Alô secretário de Segurança, cadê você?

Foragido há mais de 24 horas pela execução a tiros do empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, dentro da sede do Procon-MS, em Campo Grande (MS), o subtenente PM reformado José Roberto de Souza, 53 anos, estaria sem se comunicar com a família e com o próprio advogado, Paulo Doreto.

Até aí, tudo bem, afinal, o policial militar cometeu um crime bárbaro e está esperando passar o flagrante para se entregar ou, quem sabe, fugir de uma vez por todas.

O estranho é que até agora a Polícia Civil e a Polícia Militar não conseguiram localizar e prender o assassino. Seria corporativismo, afinal, se trata de um “irmão de farda”, no caso da PM, e um colega de profissão, no caso da PC?

Ou será que a Polícia espera que o subtenente se entregue de livre e espontânea vontade? Quem conhece a competência, tanto da PC, quanto da PM, sabe que, quando eles querem, encontram até tatu em buraco no meio da mata fechada.

Portanto, essa história está muito estranha e precisa de uma atenção especial da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), pois a sociedade campo-grandense espera uma resposta para tantas indagações. O que se sabe, por enquanto, é que José Roberto foi reformado em 2015 por problemas psicológicos. Na reserva desde 2011, ele acabou perdendo o porte de arma, bem como devolveu a arma funcional para a PM.

O militar foi para a reserva remunerada em 2011, sendo reformado já em 2015, isso teria ocorrido por problemas psicológicos, no entanto, não foram especificados quais seriam esses problemas. Assim, com a motivação pela qual o militar foi reformado, ele deveria perder o porte de arma. A princípio, o policial não tem antecedentes criminais.

Após o assassinato do empresário Antônio Caetano, ele fugiu a pé pelo Centro de Campo Grande. Falhas de segurança no Procon, em Campo Grande, deverão ser apuradas após o assassinato do empresário, segundo Patrícia Cozolino, secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos.

Ainda conforme ela, a triagem será reforçada e será estudado se existe a necessidade de instalação de detector de metais na entrada. De acordo com Patrícia Cozolino, o autor entrou na sala de audiência para buscar um documento que havia esquecido na última sexta-feira (10), após não ter êxito na audiência.

Velório

Enquanto isso, a família e os amigos do empresário assassinado rezam pelo morto. No velório realizado na manhã de hoje, todos os ouvidos pelo site Midiamax classificaram a vítima como trabalhadora, de bom coração e que ajudava a todos. Filhos de Antônio Caetano querem Justiça. “Meu pai entrou andando (Procon) e saiu dentro de um caixão”, disse Juliana Caetano, de 31 anos, elencando o dia como um dos piores da sua vida.

“Ninguém (Governo) entrou em contato com a gente para falar sobre a parcela de culpa”, disse Juliana Caetano, referindo-se ao fato de o Procon não ter nenhum detector de metais na entrada. Outra filha do empresário, Michelle Caetano, de 39 anos, também falou sobre a falta de segurança no local.

Ela falou sobre questões como, “Se até no banco você tem de deixar seu celular na porta para entrar, como em um lugar onde é feita conciliações, uma pessoa entra armada”, questionou. Michelle relata que seu pai era muito alegre e aproveitava muito a vida. Sexta-feira (10), foi o último dia em que falou com Caetano por videochamada, já que mora em Campinas (SP).

Vagner Tomé Caetano, de 46 anos, acredita que o crime tenha sido premeditado já que revelou ter ficado sabendo que o policial teria deixado uma carta em sua casa dizendo que se a polícia fosse até a residência só se entregaria após 48 horas. “Quem vai armado para uma audiência?”, disse.

O filho de Caetano ainda disse que o empresário, em 40 anos trabalhando, nunca teve problemas com nenhum cliente. “Justiça só a divina por que a dos homens é falha”, falou Vagner que ainda disse que o motor do carro do policial foi refeito após apresentar problemas, mas que a troca de óleo ele teria de pagar, já que a garantia era apenas do motor.

Amigos também foram na despedida de Caetano, como é o caso de Marcelo Ortiz, de 56 anos, que conhecia o empresário há 30 anos. “Era um ser humano de coração imenso” falou, revelando ter sido apresentado ao Kart pelo amigo.

Davi Jorge Costa, de 60 anos, conhecia o empresário há 40 anos. “Ele era bastante sorridente, carinhoso, coração grande”, falou. Outros amigos, como Miltinho Viana, o Brejinho, foram se despedir de Caetano.

Vai vendo!!!