Em uma operação, no mínimo inusitada, a Polícia Nacional do Paraguai prendeu, nesta segunda-feira (28), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), pelo menos 20 policiais acusados de fazerem parte da rede de proteção ao narcotraficante brasileiro Levi Adriani Felício, 52 anos, que era o principal fornecedor de drogas e armas para as duas maiores facções criminosas do Brasil, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho, e foi preso dia 14 de outubro em Assunción, capital do Paraguai.
As prisões foram autorizadas pelo Ministério Público do Paraguai, com apoio da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), e os mandados de busca e de prisão estão sendo cumpridos Pedro Juan Caballero, Concepción, Santa Rosa del Aguaray, Caaguazú, Ciudad del Este e Asunción. Em Pedro Juan, os policiais foram chamados para uma suposta reunião na chefatura regional e presos, sendo que os celulares deles foram apreendidos e entre os presos estão agentes, oficiais e suboficiais.
Os policiais presos foram em Pedro Juan foram identificados como Edelio Celso Loreiro Baez, Denis Manuel Caballero Vera, Nilson Cesar Salinas Saldivar, German Alberto Arevalos Villalba, Rutilio Ramon Benitez Ramirez, Victor Franco Fariña, Luis Carlos Capdevila Quevedo, Marcial Florentin Ramírez, Eligio Ramon Cabañas Olmedo, Gustavo Andrés Ortiz, Arnaldo Rafael Acosta Cabral, Abelardo Ramon Acosta Cabral, Miguel Ángel Medina Servín, Derlis Caballero Almiron, Carlos Ramón Valdez, Hugo Javier Frutos Villalba, Rene Alberto Aquino Girett, Fidelino Gustavo Servín Duarte, Víctor Hugo Orué e Emigdio Martinez Machado.
O promotor de Justiça Carlos Alcaráz disse à imprensa paraguaia que os policiais são suspeitos de receber dinheiro de Levi Felício para repassar informações sobre os movimentos da polícia especializada, do próprio Ministério Público e da Senad. Além disso, faziam parte da rede de proteção para que o bandido não fosse localizado em território paraguaio.