Polícia prende um dos condenados pela morte de adolescente em lava-jato da Capital

A Polícia Civil prendeu, ontem (28), um dos condenados pela morte brutal do adolescente Wesner Moreira da Silva, de apenas 17 anos de idade, em 2017, dentro de um lava-jato de Campo Grande (MS).

 

Trata-se de William Enrique Larrea, 37 anos, que estava foragido desde o dia 20 de fevereiro, restando ainda a prisão de Thiago Giovanni Demarco Sena, 27 anos, que ajudou a introduzir uma mangueira de ar comprimido no ânus do adolescente.

 

Segundo a Polícia Civil, William Larrea foi entregue à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro Integrado de Polícia Especializada (Cepol). 

 

Ainda conforme a Polícia, o indivíduo preso permaneceu em um primeiro momento na Depac/Cepol, sendo transferido depois para o Centro de Triagem do Sistema Prisional.

 

Sobre o outro foragido, Thiago Sena, a Polícia Civil revelou que segue “na cola” dele e a expectativa é de que a prisão aconteça “nos próximos dias”.

 

Desde o dia 20 de fevereiro Thiago Sena e William Larrea já eram considerados foragidos da Justiça pela morte brutal do adolescente Wesner da Silva.

 

O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, determinou a prisão imediata da dupla. A medida do magistrado foi tomada depois que os dois condenados tiveram seus recursos negados.

 

Os dois receberam uma sentença de 12 anos de prisão em regime fechado pelo crime que chocou a cidade.

 

Wesner da Silva foi vítima de uma violência extrema, com uma mangueira de ar-comprimido de um lava-jato introduzida no ânus, resultando na ruptura de parte do intestino.

 

Apesar de os autores do crime terem sido condenados, a defesa de ambos recorreu, argumentando que o julgamento foi contrário às provas e que houve falhas no processo.

 

No entanto, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) manteve a sentença, considerando não haver irregularidades que justificassem a anulação do júri.

 

O acórdão da 2ª Câmara Criminal do TJMS que rejeitou o recurso dos condenados transitou em julgado em 5 de fevereiro deste ano, ou seja, não cabe mais nenhum recurso.

 

Por isso, o caso retornou à 1ª Vara do Tribunal do Júri para que o juiz responsável expeça o mandado de prisão contra os dois.

 

Diante dessa decisão desfavorável no TJMS, o juiz Carlos Alberto Garcete expediu mandados de prisão. Agora, a primeira opção para os condenados é se apresentar como advogado para cumprir a pena determinada.