Cinco dias após a captura, em Ciudad del Este, na fronteira do Paraguai com o Brasil, do narcotraficante brasileiro Deivid Andriel de Mello, mais conhecido como “DD”, um dos líderes da facção criminosa brasileira “Os Manos”, a Polícia Nacional paraguaia prendeu agora outro chefão da droga brasileiro.
Trata-se de Adriano Agustín Calonga Lechuga, que foi preso ontem (30), em Assunção, capital do Paraguai, enquanto dormia no seu luxuoso apartamento em um edifício exclusivo localizado na Rua Solano Escobar esquina com a Rua José Berges, a uma quadra da Avenida Peru.
A operação foi executada por agentes especiais da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), que por sua vez foram orientados pela Polícia Federal do Brasil, que foi a instituição que realmente localizou o local onde vivia o criminoso brasileiro. O procurador Carlos Alcaraz supervisionou o procedimento, cuja fase operacional foi registrada em vídeo pelos agentes das forças especiais da Senad, que também deu transparência à operação.
Entre os pertences do chefão do narcotráfico tinham uma coleção de relógios de luxo, correntes e anéis de ouro sólido e roupas de marcas exclusivas, bem como uma caminhonete Toyota Hilux.
Operação Malote
Os agentes do Senad informam que Adriano Agustín Calonga Lechuga é o líder de uma quadrilha internacional que fornece cocaína e maconha a diversas facções criminosas nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de Janeiro.
Ao contrário de outras quadrilhas que trabalhavam exclusivamente para grupos criminosos como o PCC (Primeiro Comanda da Capital) ou CV (Comando Vermelho), essa facção liderada por Adriano Agustín Calonga Lechuga fornece drogas e até armas, se necessário, a organizações de diferentes ideologias.
Na verdade, a rede montada pelo brasileiro foi quase completamente desmantelada em 28 de abril do ano passado, quando a Polícia Federal executou a “Operação Malote” nos quatro Estados mencionados acima. As incursões resultaram em dezenas de detidos e a apreensão de bens importantes, como mansões, veículos, joias e dinheiro.
Até mesmo a esposa do traficante brasileiro, Michelle Fontes, foi uma das detidas na série de operações realizadas pela Polícia Federal. De acordo com a informação, Adriano Agustín Calonga Lechuga fugiu para o Paraguai imediatamente após essa ofensiva da Polícia Federal e do país vizinho ele estava tentando reorganizar a sua estrutura criminosa.
Aparentemente, a Pol
ícia Federal do Brasil colocou em ação uma operação de captura dos principais traficantes brasileiros foragidos e que estão escondidos no Paraguai. A questão que surge então é quantos outros criminosos internacionais estão se escondendo no Paraguai?