Chefe da força-tarefa contra o crime organizado, narcotráfico, lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo em território paraguaio, ele estava com a esposa, a jornalista Claudia Aguilera, com quem tinha se casado no dia 30 de abril deste ano. Sem avistar autoridades paraguaias e bolivianas, Marcelo Pecci viajou sem qualquer segurança, como uma pessoa comum.
O comissário Baldomero Jorgge, subcomandante da Polícia Nacional do Paraguai, confirmou que as buscas foram feitas em celas de Tacumbú, maior presídio do Paraguai, e na Agrupación Especializada, quartel usado como presídio de bandidos famosos. Além das duas unidades na capital, as buscas ocorreram também em presídio do interior, mas a cidade não foi informada.
Celulares e tablets usados pelos alvos foram apreendidos e serão periciados. Além de narcotraficantes colombianos presos no Paraguai, a Polícia Nacional confirmou que um dos alvos foi o brasileiro de origem libanesa Kassem Mohamad Hijazi, preso em agosto do ano passado em Ciudad del Este, que comandava poderoso esquema de lavagem de dinheiro na Tríplice Fronteira.
O crime
O promotor de Justiça e a esposa reuniam os pertences para deixar a praia e voltar ao hotel quando o pistoleiro chegou ao local levado por outro homem em um jet-ski. Localizada na península de Barú, a praia só tem acesso pelo mar.
Armado com uma pistola calibre 9 mm, o pistoleiro aproximou-se e disparou três tiros no promotor – um no rosto e dois no peito. Depois subiu na moto aquática e deixou o local, sendo que a ação durou menos de 15 minutos.
A polícia colombiana informou que um terceiro envolvido, que seria o “olheiro” dos pistoleiros, monitorava os passos do promotor de Justiça no hotel. Até agora não há pista dos assassinos. O corpo de Marcelo Pecci deve chegar sábado (14) ao Paraguai.