As denúncias contra o predador sexual José Carlos Santana, mais conhecido como “Maníaco do Parque das Nações Indígenas” em razão de uma série de estupros cometidos em Campo Grande (MS) há 16 anos até ser preso, não param de chegar e a Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) conseguiu identificar a 7ª vítima nessa segunda onda de ataques cometidos pelo criminoso.
Segundo a delegada de Polícia Civil Analu Lacerda, que é a responsável pela condução do inquérito policial contra José Carlos Santana, não está descartada a possibilidade de que o predador sexual tenha feito muito mais vítimas, pois era motorista de aplicativo há pelo menos um ano e muitas mulheres que foram atacadas agora poderão identificá-lo.
O “Maníaco do Parque das Nações Indígenas” foi preso na última segunda-feira (2). Na ocasião, quatro mulheres procuraram a Polícia Civil para denunciar os crimes de estupro. Desde que ele foi preso, outras vítimas foram sendo identificadas.
Em 2007, José Carlos Santana foi preso depois de estuprar 10 mulheres na Capital. Na época, uma operação reforçada pela Interpol foi realizada para a prisão dele, já que era procurado pela Polícia da Espanha, na Europa, onde estuprou duas mulheres, quando morava no país com a namorada.
Em fevereiro de 2016, ele passou a cumprir pena em regime semiaberto em progressão. Segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário Estadual), desde outubro de 2021, o predador sexual estava em regime aberto.
Ao ser preso novamente nesta semana, José Carlos Santana disse que não conseguia se “controlar” e “orava” quando cometia os estupros. A Polícia Civil informou que ele tinha um lava-jato na região de Terenos (MS), no entanto, os moradores da cidade afirmam que nunca o viram por lá e não há registros de crimes cometidos na cidade, no entanto, nas redes sociais, ele fazia vídeos de dicas sobre como higienizar carros.
Imagens de câmeras de segurança das ruas de Campo Grande mostram o predador sexual perseguindo mulheres pelas ruas. Os estupros eram cometidos sempre pela manhã e as vítimas eram escolhidas de forma aleatória.
O juiz Andrade Neto converteu a prisão em flagrante para monitoramento, porém, como já tinha mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de estupros, José Carlos Santana continuou preso e foi escoltado ao IPCG (Instituto Penal de Campo Grande).