Durante a “Operação Fim de Voo”, deflagrada pela Polícia Civil do Paraná e com apoio da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) de Mato Grosso do Sul, está sendo procurado um helicóptero modelo R44 Raven II, fabricado pela Robinson Helicopter, avaliado em quase R$ 2 milhões.
A aeronave estaria na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e seria utilizada para o tráfico de drogas do país vizinho para o Brasil. Além da “caça” ao helicóptero, os policiais civis também cumpriram 11 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande (MS) e Ponta Porã (MS), bem como no Paraná e São Paulo.
Em Ponta Porã, foram cumpridos três mandados e celulares foram apreendidos pela Defron, sendo que a investigação revelou que a quadrilha era especializada no transporte e distribuição de grandes quantidades de drogas por meio aéreo. As rotas eram entre divisas de estados e áreas de difícil acesso.
“As investigações demonstraram que a organização utilizava uma logística sofisticada, incluindo o uso de aeronaves para o transporte de drogas, o que lhes dava maior agilidade e dificultava a fiscalização pelas autoridades”, afirmou o delegado responsável pela investigação, Victor Loureiro, completando que o “sequestro da aeronave é um dos elementos fundamentais para interromper a atividade desse grupo”.
A quadrilha tem uma estrutura bem organizada, segundo a polícia, com ramificações que vão além das divisas do Paraná. Em diligências anteriores, os investigadores apreenderam armas de fogo, drogas, munições e documentos.
Os criminosos também operavam um esquema financeiro complexo para ocultar os lucros obtidos com o tráfico de drogas. “Movimentações de grandes somas de dinheiro, realizadas por meio de contas bancárias de terceiros, foram identificadas”, diz nota da Polícia Civil do Paraná.